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Brasil

Dois testam positivo para sarampo no Brasil após contato com bolivianos

Uma das infectadas teve contato com pessoas na Bolívia, país que faz fronteira com MS e vive surto da doença
Gustavo Henn -
Foto: (Ilustrativa)
Foto: (Ilustrativa)

Duas pessoas não vacinadas testaram positivo para sarampo na cidade de Campos Limpos, no estado do Tocantins, nos últimos dias. Os envolvidos são uma criança de quatro anos, que teve contato com pessoas na Bolívia, onde há surto da doença, e uma profissional de saúde de 29 anos. Ambas as vítimas manifestaram sintomas clássicos e se recuperam em casa.

Os casos seguem sob observação e aguardam confirmação definitiva das amostras de sangue. A Bolívia, que faz com , vive surto da doença e pode ter sido a responsável pela infecção de um dos casos em Tocantins. No entanto, MS ainda não registrou nenhum caso de sarampo em 2025.

Os estados que tiveram casos confirmados da doença neste ano foram o Distrito Federal, Rio de Janeiro, e Rio Grande do Sul. Porém, eles foram classificados como esporádicos e não houve transmissão interna e sustentada da doença.

O Ministério da Saúde enviou uma equipe técnica a Campos Limpos para atuar em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde, nas medidas de bloqueio contra a doença. Isso inclui isolar e monitorar as pessoas que tiveram contato com as doentes e reforçar a vacinação na região.

Certificação

O Brasil mantém a certificação de país livre do sarampo, concedida pela Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) no ano passado.

Mas a presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações), Mônica Levi, lembra que o Brasil já havia conquistado o certificado em 2016 e perdeu em 2019, após registrar novos surtos, que começaram com a entrada no país de cidadãos infectados vindos da , e avançaram devido à queda dos índices vacinais.

Por isso, os casos registrados no Tocantins servem de alerta também para os estados que fazem fronteira com a Bolívia.

“Dentro das estratégias para a gente recertificar o Brasil como país livre de sarampo, uma das ações foi o reforço da vacinação em fronteiras. É de praxe que as fronteiras têm que ter uma atenção reforçada. A gente não pode baixar a guarda, ainda mais com vários países aqui na região das Américas com casos de sarampo”, argumenta Mônica.

Números da doença

Na Região das Américas, somente este ano foram confirmados 7.132 casos de sarampo: 34 na Argentina, 34 em Belize, 60 na Bolívia, 5 no Brasil, 1 na , 1.227 nos Estados Unidos, 2.597 no México e 4 no Peru. Além disso, 13 pessoas morreram devido à doença, 9 no México, 3 nos Estados Unidos e 1 no Canadá.

“Pelo regulamento sanitário internacional, a única vacina que é exigida para entrada em determinados países é a febre amarela, sarampo não tem essa exigência de certificado. Ou seja, qualquer brasileiro pode viajar para o Canadá em pleno surto para qualquer cidade onde está tendo mais sarampo, sem ter vacina, o que representa um risco, porque, quando ele volta, ele pode retornar infectado, transmitir no avião e transmitir aqui no país”, lembra a presidente da Sbim.

Por isso, Mônica Levi explica que todas as pessoas devem tomar a vacina tríplice viral — que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola — caso não tenham certeza se já foram imunizados:

“Não tem nenhum prejuízo, nenhuma questão de segurança. Se, por acaso, a pessoa já tiver tomado duas doses no passado, e acabar tomando mais uma, a única coisa que acontece é que os anticorpos que a pessoa já tem inativam o vírus da vacina e pronto. Mas se não tiver o registro, a pessoa é considerada não imune e tem necessidade de vacinar”, explica.

Duas doses

O esquema completo é de duas doses para quem tem até 29 anos e uma dose para adultos entre 30 e 59 anos. No calendário infantil, ela é aplicada aos 12 e aos 15 meses de idade.

A cobertura vacinal ideal é acima de 95%. Este ano, o Brasil conseguiu vacinar 91,74% do seu público infantil com a primeira dose, mas apenas 72,74% completaram o esquema até o momento. No Tocantins, a cobertura está abaixo da média nacional: 86% na primeira dose e 55% na segunda.

De acordo com o governo estadual, todas as mais de 300 salas de vacinação do Estado estão devidamente abastecidas e o Ministério da Saúde garante que a situação é a mesma em todo o país.

*Com Agência Brasil

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