Lewandowski descarta federalizar caso de assassinato de delator do PCC em Guarulhos

Por mais que o caso tenha resvalado em competência federal, Lewandowski afirmou que a atuação deve se limitar as autoridades de São Paulo

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Antônio Vinicius Lopes Gritzbach. (Reprodução)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta terça-feira que até o momento não tem intenção de federalizar o caso do assassinato do empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) assassinato a tiros no aeroporto de Guarulhos na sexta-feira, 8.

Por mais que o caso tenha resvalado em competência federal, por ter ocorrido numa área de competência da Polícia Federal, Lewandowski afirmou que a atuação da corporação deve se limitar por enquanto à colaboração com as autoridades de São Paulo e um inquérito paralelo, que eventualmente pode chegar nos mesmos suspeitos que a investigação aberta no âmbito estadual.

“Num primeiro momento, não existe nenhuma ideia de federalizar esse caso. Ocorre que um réu fez uma colaboração ao Ministério Público de São Paulo e, portanto, a princípio, a competência é da Polícia Civil paulista de investigar esse caso. Percebeu-se que também houve uma interferência no funcionamento no Aeroporto Internacional de São Paulo, e portanto isso desperta a competência da Polícia Federal, que se colocou à disposição às autoridades de São Paulo e abriu um inquérito paralelo no que diz respeito à sua competência, que é justamente a investigação de questões que interfiram no funcionamento do aeroporto”, afirmou o ministro após um evento no ministério, nesta tarde.

Questionado se o governo federal pode assumir a investigação caso as autoridades de São Paulo não cheguem a uma resolução, ele afirmou acreditar na competência da polícia paulista, e que federalizar um caso é complexo. Também rechaçou a comparação com o exemplo do assassinato da vereadora Marielle Franco, cuja apuração foi assumida pela esfera federal após mais de cinco anos sem solução por parte dos órgãos do Rio de Janeiro.

A ação ocorreu na área de desembarque do Terminal 2, destinado a voos domésticos. Gritzbach era delator de uma investigação sobre lavagem de dinheiro do PCC. Uma dupla, com dois fuzis, realizou pelo menos 27 disparos, conforme a perícia. Gritzbach foi atingido em várias partes do corpo, como cabeça, tórax e braços.

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