O comandante do Exército, general Tomás Paiva, exonerou de postos de comando dois militares alvos da Operação Tempus Veritatis, da (PF), que investiga uma tentativa de golpe de Estado. A publicação está no Diário Oficial da União desta quarta-feira (14).

O tenente-coronel Guilherme Marques de Almeida perdeu o comando do 1º Batalhão de Operações Psicológicas em Goiânia (GO). Já o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima foi retirado do posto de comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais em (AM).

O afastamento dos militares de suas funções públicas foi determinado em decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF.

De acordo com a investigação, os dois militares integravam o “Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral”.

Ambos trocavam mensagem com o ex-ajudante de ordens de Jair (PL), o tenente-coronel Mauro Cid.

Marques Almeida desmaiou com a chegada da Polícia Federal em Goiânia na quinta-feira (8). Em troca de mensagens com Cid, eles falam sobre a divulgação de um vídeo com a informação falsa de que as eleições estavam sob investigação. Na conversa, Marques Almeida dizia que a fraude estava comprovada e que “acabou para o Lula”.

Por sua vez, o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, além do núcleo de desinformação, também atuaria no “Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas”, segundo a PF.

Este grupo seria o responsável por manter e financiar as manifestações em frente aos quartéis.

A Operação da PF mirou 16 militares, dos quais seis da ativa. Além de Marques Almeida e Ferreira Lima, também foram alvos o tenente-coronel Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira e o tenente-coronel Ronald Araújo Junior.

Militares da ativa alvos da PF:

  • Tenente-coronel Guilherme Marques Almeida;
  • Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima;
  • Tenente-coronel Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros;
  • Tenente-coronel Ronald Araújo Junior;
  • Tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira (preso);
  • Coronel Bernardo Romão Corrêa Neto (preso).