Pular para o conteúdo
Brasil

Presidente da CPMI dos atos golpistas denunciará Mauro Cid ao STF

Militar se calou diante de perguntas sem potencial incriminatório
Agência Brasil -
mauro cid agência brasil (2)
Tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante-de-ordens do então presidente Jair Bolsonaro. (Reprodução, Lula Marques, Agência Brasil)

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), afirmou que apresentará ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia contra o tenente-coronel Mauro Cid. O motivo foi o militar, ex-ajudante de ordens do então presidente da República Jair , não ter respondido qualquer pergunta que lhe foi feita durante sua participação na CPMI, nesta terça-feira (11).

A conduta de Cid foi classificada por Maia como “desrespeitosa com o Supremo Tribunal Federal” após a deputada Jandira Feghalli (PcdoB-RJ) ter perguntado ao militar qual era a sua idade e ele, afirmando estar seguido a orientação de sua equipe técnica, dizer que permaneceria em silêncio. Em seguida, Jandira afirmou que a pergunta foi propositalmente simples para mostrar a indisposição do tenente-coronel em responder qualquer questão que lhe fosse apresentada.

O presidente da CPMI, então, concordou com a deputada. “Inclusive, chamei o patrono do tenente-coronel Mauro Cid para dizer a ele que ele estava fazendo com que seu cliente descumprisse uma ordem do Supremo Tribunal Federal. E isso, infelizmente, acarretará a necessidade de nós, que não precisávamos fazer isso, fazer uma denúncia, mais uma, contra o senhor Mauro Cid ao Supremo Tribunal Federal”.

Cid tinha uma autorização da ministra do STF Cármen Lúcia de permanecer em silêncio diante de perguntas que pudessem incriminá-lo. Mas as outras, que não tivessem a capacidade de produzir provas contra ele, ele deveria responder. “Eu ia lhe perguntar quantos filhos ele tem e ele também não responderia. Mas bastou a primeira para mostrar que o descumprimento é claro”, acrescentou Jandira, ao reforçar o pedido de denúncia contra Cid e seus advogados.

Atribuições

Mas Mauro Cid não ficou em silêncio todo o tempo. No início da audiência pública, antes mesmo das perguntas dos parlamentares, o militar fez uma declaração inicial, na qual afirmou não participar das atividades relacionadas à administração pública, nem questionava Bolsonaro sobre o que era discutido em reuniões e encontros com autoridades dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo.

“Na prática, a função do ajudante de ordem consistia, basicamente, em um serviço de secretariado executivo do ex-presidente”, explicou Cid. “No dia a dia das reuniões e agendas do ex-presidente, recepcionávamos os participantes e os direcionávamos ao local desejado, ficando do lado de fora das salas de reunião, sempre à disposição. Não questionávamos o que era tratado nas respectivas agendas e reuniões”, acrescentou.

Ele ainda afirmou que sua indicação à chefia da Ajudância de Ordem da Presidência da República se deu por indicação do Comando do Exército e que sua nomeação não teve nenhuma ingerência política.

Investigação

O ex-ajudante de ordens está detido desde o dia 3 de maio, acusado de ter fraudado cartões de vacinação contra a covid-19, incluindo o de Bolsonaro e parentes do ex-presidente. Ele também é apontado como um dos articuladores de uma conspiração para reverter o resultado eleitoral do ano passado, inclusive com planos de uma intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com investigações da , mensagens capturadas com autorização judicial após apreensão do celular de Cid evidenciam que ele reuniu documentos para dar suporte jurídico à execução de um golpe de Estado.

Em seu telefone celular, peritos da Polícia Federal (PF) encontraram mensagens que ele trocou com outros militares e que, segundo deputados federais e senadores que integram a CPMI do 8 de Janeiro, reforçam a tese de que o grupo tramava um golpe.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

9ª edição da Feira Literária de Bonito homenageia Flora Thomé e Carolina Maria de Jesus

VÍDEO: Manifestantes saem às ruas de MS por anistia e contra o STF

Ciclista morre atropelado por picape em rodovia de MS

Familiares e amigos se despedem de assessor parlamentar atropelado na Av. Ernesto Geisel

Notícias mais lidas agora

VÍDEO: Manifestantes saem às ruas de MS por anistia e contra o STF

21º feminicídio em MS: Marido mata esposa na frente dos 5 filhos em Corumbá

MP quer firmar até setembro acordo com Patrola por dano ambiental de R$ 991 mil na MS-228

Em MS, racha no PL marca protestos por anistia com adesivos de ‘Fora Azambuja’

Últimas Notícias

Cotidiano

VÍDEO: Onça ataca motociclista na BR-419, entre Rio Negro e Rio Verde, em MS

Onça pulou no peito de motociclista enquanto ele trafegava pela rodovia

Esportes

Cruzeiro vence Botafogo, amplia tabu e protagoniza a primeira derrota de técnico

Clube mineiro chega a 37 pontos na briga pela liderança

Emprego e Concurso

Programe-se: semana começa com 681 vagas de emprego na Funtrab

Empresas oferecem 681 vagas de emprego em Campo Grande, para diversas áreas e níveis de especialização

Esportes

Brasil vira sobre a Eslovênia e garante medalha de bronze na Liga das Nações de vôlei

Alan foi o maior pontuador do Brasil