Para ex-diretor do IBGE, Censo de 2022 é ‘tragédia absoluta’ e deve passar por auditoria

Censo começou em agosto de 2022 e ainda não foi finalizado

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Recenseador do IBGE durante coleta de dados em Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio, Jornal Midiamax)

O ex-diretor do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), Roberto Olinto, afirmou que o Censo de 2022 é uma “tragédia absoluta”. Assim, defende que o Censo passe por auditoria.

Olinto comandou o IBGE de 2017 até 2019 e foi substituído por Susana Cordeiro Guerra, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Ela deixou a pasta em 2021, afirmando motivos pessoais. Contudo, teve atuação julgada como “extremamente prepotente” pelo ex-diretor.

Ele concedeu entrevista ao jornal Folha de São Paulo, nesta terça-feira (24). “Tem só metade dos recenseadores”, destacou.

Segundo ele, algumas cidades colocaram servidores municipais para lidar com a coleta do Censo, devido à falta de pessoal. “O cara não foi treinado, ele não sabe o que está fazendo. Tragédia absoluta”, disse.

Demora do Censo

Além disso, afirmou que o Censo costuma ser levantado em dois meses. “Nós estamos no meio de janeiro e não terminou”, apontou. Vale lembrar que a coleta de dados do Censo de 2022 começou em agosto do ano passado.

Por fim, Olinto defende a auditoria do Censo. “É tanto problema que tem que parar, respirar e dizer o seguinte: vamos avaliar”, destacou.

Então, apontou que existem três cenários para a auditoria. Um com resultado positivo, onde não precisará ser alterado. Outra possibilidade é que a avaliação aponte falhas e pontos para serem otimizados no Censo. “E existe a terceira alternativa: o Censo está uma porcaria completa, vamos refazê-lo”, afirmou.

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