Pular para o conteúdo
Brasil

Pacheco apresenta projeto para uma nova lei de impeachment; veja o que muda

O texto foi elaborado por uma comissão de 12 juristas
Agência Estado -
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. (Foto: Divulgação / Ag. Senado)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou nesta quinta-feira, 23, um projeto de lei para renovar a lei de impeachment no Brasil. O texto foi elaborado por uma comissão de 12 juristas, presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, em dezembro do ano passado.

Além de especificar os crimes de responsabilidade, a proposta atualiza o procedimento de deposição, as condutas dos agentes, e delimita um prazo de 30 dias úteis de análise para cada pedido apresentado no Congresso. Hoje, não há um prazo para a avaliação pelo presidente do Senado ou da Câmara dos Deputados.

Passado o prazo, a autoridade competente pode arquivar a denúncia, submeter à deliberação da mesa diretora, onde pode ser indeferida ou aprovada e enviada a uma comissão especial.

A comissão tem até 20 dias úteis para analisar e poder enviar a matéria para a Casa avaliadora. Caso a denúncia seja rejeitada, um terço de cada Casa – isto é, 171 deputados ou 27 senadores, respectivamente – ou líderes partidários que, juntos, totalizem o número, podem apresentar em recurso em até 10 dias úteis. O pedido então será incluído em pauta de reunião em até 30 dias úteis para deliberar sobre o tema.

Continuarão sendo precisos dois terços – 342 deputados ou 54 senadores – para que a proposta avance em plenário. O processo seguirá então para análise por 180 dias.

A nova proposta prevê como crimes de responsabilidade para o presidente da República e o vice atentar contra a soberania nacional, contra a democracia, contra o exercício dos direitos e garantias fundamentais, contra a probidade na administração e contra a lei orçamentária. São capazes de apresentar uma denúncia por crime de responsabilidade a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), cidadãos e entidades de classes ou organizações sindicais.

O texto oficializa a da votação final do Senado em caso de impeachment do presidente, assim como aconteceu com Dilma Rousseff, em 2016. “Cometeu a autoridade acusada o crime que lhe é imputado e deve ser condenada à perda do cargo?”, questionará o presidente. Após a pergunta, que pode ser respondida com sim ou não, uma nota votação será realizada para consultar os senadores sobre a inabilitação para o exercício de cargo público num prazo de até oito anos.

Lewandowski, presidente da comissão elaboradora do projeto, foi também o presidiu o processo de impeachment de Dilma no STF. Pacheco justifica que a atual lei é de 1950 e “foi pensada para um outro contexto social político e constitucional que não o nosso”.

“Tanto assim, que, nos dois processos de impeachment de presidentes da República, foi necessária a judicialização do tema, a fim de que o STF fixasse um ‘rito’ do processo por crime de responsabilidade”, argumenta.

Na proposta, estão sujeitos à cassação o presidente e o vice-presidente da República, os ministros de Estado, os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, os Ministros do STF, os membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o procurador-geral da República, o advogado-geral da União, os ministros dos Tribunais Superiores, do Tribunal de Contas da União, os chefes de missões diplomáticas de caráter permanente.

Ainda podem sofrer impeachment os governadores e vice-governadores estaduais e do , os Secretários dos Estados e do Distrito Federal, os juízes e desembargadores dos Tribunais de Justiça estaduais e do Distrito Federal, os juízes e membros dos Tribunais Militares e dos Tribunais Regionais Federais, Eleitorais e do Trabalho os membros dos Tribunais de Contas dos estaduais e Distrito Federal e os membros do Ministério Público da União, dos Estados e do Distrito Federal.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Assentamentos recebem áreas do Incra e garantem funcionamento de escolas e igrejas em MS

Desconto danos morais empréstimo

Idoso de MS vai receber R$ 5 mil em danos morais após banco descontar empréstimo já quitado

Não é só dar partida: confira itens essenciais na revisão veicular antes de viajar

Por mãos de mulheres, grupo leva alimento e amparo a pacientes oncológicos em Campo Grande

Notícias mais lidas agora

Papy turbina contrato e Câmara vai pagar quase R$ 1 milhão por locação de computadores

Julgamento de PM que matou bioquímico em sala de cinema segue sem data marcada

A qualquer hora, com qualquer pessoa: mal súbito mata 300 mil por ano no Brasil

Adriane Lopes e Eduardo Riedel

Agenda dos Poderes: semana política começa com encontro de Riedel e Adriane na prefeitura

Últimas Notícias

Transparência

Investigação pressiona solução para quedas de energia após prejuízos em Amambai

Denúncia de associação comercial motivou ação de promotora

Polícia

Homem é atingido por quatro tiros durante atentado em casa noturna de Dourados

A vítima foi socorrida e levada para o hospital, o estado de saúde é considerado grave

Emprego e Concurso

Com salário até R$ 9 mil, IFMS abre vaga de professor substituto

Oportunidades são para o Campus de Jardim

MidiaMAIS

Feiras culturais e show de João Gomes movimentam o domingo na capital

Atividades começam às 9h e seguem até a noite