O governo de Mato Grosso informou em nota ter realizado 100 operações para combater crimes ambientais no Estado entre janeiro e maio deste ano. Com foco no desmatamento ilegal, foram aplicadas o equivalente a R$ 712 milhões em multas. Deste total, R$ 615 milhões estavam no bioma amazônico.

Assim, dessas 100 operações, cerca da metade foi passível de multa, sendo 51% lavradas presencialmente e 48% de modo remoto, informa o governo estadual na nota.

Para detectar remotamente o desmatamento ilegal, são utilizadas imagens de satélite de alta resolução. Dessa forma, pode-se “identificar o local exato e flagrar o desmatamento ainda no início, impedindo que o dano ambiental continue”, informa o governo na nota.

À distância, a tecnologia permite que equipes identifiquem o desmatamento ilegal que já aconteceu “e aplique as multas e embargos na área”, prossegue o comunicado.

“O infrator é avisado por e-mail e telefone que o desmatamento foi identificado e se determina que ele pare a atividade ilegal”. Além do desmatamento ilegal, as multas são por impedir ou dificultar a regeneração natural da vegetação, descumprimento de embargo e empreendimento sem licença ambiental.

Multas por desmatamento ilegal integram processos digitais

Assim, todas as multas emitidas já fazem parte dos processos digitais da Secretaria de Meio Ambiente mato-grossense, por meio do sistema Siga Autuação. Foram lavrados 1.253 autos de infração no semestre, 983 embargos e 1.282 alertas de desmatamento ilegal atendidos

“Quem estiver pensando que o Estado não está vendo que ele está desmatando ilegalmente está enganado, e pode receber a fiscalização ambiental na sua propriedade e ser pego em flagrante. Neste caso, os maquinários são apreendidos, a multa é aplicada e a área é embargada”, destaca o secretário-executivo da Secretaria de Agricultura, Alex Marega.