Pular para o conteúdo
Brasil

Marco Temporal: Ocupante de boa-fé de terra indígena deve ser indenizado, decide STF

Entendimento sobre indenização encerra discussões sobre a questão no Supremo
Agência Brasil -
Indígenas durante protesto contra o marco temporal em Brasília (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

O Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou nesta quarta-feira (27) o julgamento que invalidou a tese do marco temporal para a demarcação de terras indígenas. Foram 12 sessões para julgar o caso. 

Na semana passada, por 9 votos a 2, o Supremo invalidou o Marco Temporal, mas a conclusão sobre os demais pontos debatidos foi adiada.

Na sessão desta tarde, os ministros discutiram pontos que ficaram pendentes de julgamento e validaram a indenização a particulares que adquiriram terras de “boa-fé”.

A indenização por benfeitorias e pela terra nua valerá para proprietários que receberam dos governos federal e estadual títulos de terras que deveriam ser consideradas como áreas indígenas.

A tese aprovada confirma a derrubada do marco temporal e autoriza a indenização prévia paga em dinheiro ou em títulos de dívida agrária. No entanto, o processo deverá ocorrer em processo separado, não condicionando a saída dos posseiros de terras indígenas ao pagamento da indenização.

Votos

Durante a sessão, o ministro Alexandre de Moraes votou para garantir a indenização para proprietários de boa-fé.  

O ministro citou caso de colonos que lutaram na do Paraguai e receberam títulos de terras no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul. As terras estão em localidades que poderiam ser reconhecidas como terras originárias. 

“Há situações em que nós não podemos resolver criando uma injustiça”, afirmou.

Para facilitar a finalização do julgamento, o ministro retirou sua proposta de voto para determinar prazo de 12 meses para o Congresso aprovar uma lei para permitir a exploração econômica das terras pelos indígenas. 

Pela proposta, a produção da lavoura e de recursos minerais, como o potássio, poderiam ser comercializados pelas comunidades. Os indígenas teriam participação nos lucros. 

“Havendo exploração legítima, autorizada na forma da lei, a ser aprovada, tenho a convicção de que diminuirão muito as ilegalidades e a exploração”, concluiu. 

O processo que motivou a discussão trata da disputa pela posse da Terra (TI) Ibirama, em Santa Catarina. A área é habitada pelos povos Xokleng, Kaingang e Guarani, e a posse de parte da terra é questionada pela procuradoria do estado.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Wagner Moura é esnobado no Emmy 2025; veja lista de indicados

morador

Confronto com a polícia acaba com criminoso morto em Campo Grande

Desempregado? Feirão de empregos chega ao Jardim Canguru nesta terça-feira

Promotor cobra ‘prestação de contas’ das políticas para LGBTQIAPN+ em Amambai

Notícias mais lidas agora

Sem ajuda, adolescente teria agonizado até a morte em clínica para dependentes de MS

lei da reciprocidade

Relatada por Tereza Cristina, Lei da Reciprocidade é publicada em resposta ao ‘tarifaço’ de Trump

axolote medicina cancer de mama 2

Cientistas descobrem novo superpoder de animal que vive no Bioparque Pantanal

Fumacê amplia o combate à dengue em quatro bairros de Campo Grande

Últimas Notícias

Política

Aprovado projeto de lei que cria cadastro de criminosos sexuais em MS

Proposta é de autoria do deputado Coronel David

Polícia

Grupo alvo de operação da PF tem R$ 1 milhão bloqueado e carretas apreendidas em MS

Organização criminosa atua na região de Maracaju

Política

Rinaldo Modesto deve acompanhar Rose e se filiar ao União Brasil

Parlamentar é candidato à reeleição em 2026

Política

Fábio Trad pode ser nome do PT para disputar o Governo do Estado em 2026, diz Zeca

Zeca destaca o otimismo com a disponibilidade do futuro político que Trad ainda não definiu