O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu, nesta terça-feira (19), a Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York. É uma tradição que o líder brasileiro faça o primeiro discurso da reunião. “Nosso país está de volta para dar sua devida contribuição ao enfrentamento dos principais desafios globais”, disse.

Lula iniciou a fala relembrando seu primeiro pronunciamento na Assembleia, em 2003. “Há 20 anos, ocupei esta tribuna pela primeira vez. Volto hoje para dizer que mantenho minha inabalável confiança na humanidade, reafirmando o que disse em 2003”, disse.

Ainda durante fala, Lula reforçou discurso sobre desigualdade e criticou Conselho de Segurança. “A desigualdade precisa inspirar indignação. Indignação com a fome, a pobreza, a guerra, o desrespeito ao ser humano. Somente movidos pela força da indignação poderemos agir com vontade e determinação para vencer a desigualdade e transformar efetivamente o mundo a nosso redor. A fome atinge hoje 735 milhões de seres humanos, que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã”, enfatizou.

“O Conselho de Segurança da ONU vem perdendo progressivamente sua credibilidade. Essa fragilidade decorre em particular da ação de seus membros permanentes, que travam guerras não autorizadas em busca de expansão territorial ou de mudança de regime. Sua paralisia é a prova mais eloquente da necessidade e urgência de reformá-lo, conferindo-lhe maior representatividade e eficácia”, disse.

Líderes ausentes

O presidente dos Estados Unidos é o único presente entre os líderes do Conselho de Segurança da ONU. Os presidentes da China, Xi Jinping; da Rússia, Vladimir Putin; o presidente da França, Emmanuel Macron; e o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, não compareceram.