Pular para o conteúdo
Brasil

‘Rusga’ entre presidente e Congresso travou Força Nacional, diz Moro

Moro afirmou ontem  que a Força Nacional ficou "muito reativa" em sua atuação no Norte do País
Agência Estado -
Ex-juiz federal Sergio Moro (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro até abril de 2020, o ex-juiz afirmou ontem ao Estadão que a ficou “muito reativa” em sua atuação no Norte do País. Questionado sobre o fato de apenas seis agentes da tropa de elite terem sido enviados durante sua gestão para a região do Vale do Javari – que tem 85 mil km² -, Moro admitiu que o efetivo é pequeno e disse que a ampliação do contingente esbarrou em divergências políticas.

“A Força Nacional ficou muito reativa, mas acabou sendo espalhada para atender também essa situações em lugares ermos onde a população local está sendo ameaçada, como a população indígena em regiões como Altamira e Amazonas. O problema não é uma falta de estratégia, mas de efetivo. Isso o País deveria discutir profundamente”, afirmou Moro. “O governo estadual é que tem que atender essas situações ermas e remotas ou o governo federal deve assumir maiores responsabilidades? Eu defendo um aumento do efetivo da Força Nacional, o que acabou não sendo politicamente viável. A gente discutiu isso quando eu era ministro da Justiça, mas acabou não sendo viável por conta das rusgas do presidente da República com o Congresso Nacional.”

A tropa de elite nacional é formada por policiais militares, bombeiros militares e policiais civis. Reportagem do Estadão publicada ontem mostrou que os seis agentes foram enviados para a Terra Indígena do Vale do Javari em 2019; desde então, o efetivo é renovado. Ao menos seis pedidos foram feitos neste ano ao governo federal para o reforço da proteção na região. Foram rejeitadas todas as solicitações da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

Filiado ao União Brasil e pré-candidato nas eleições deste ano, Moro disse que a exoneração do indigenista Bruno Pereira da Fundação Nacional do Índio (Funai) não tem sua assinatura. “Muitas dessas questões não chegam até o ministro. A exoneração do Bruno Pereira (da Funai) não passou por mim. Não tem minha assinatura nisso. No fundo a Funai tem a sua autonomia para proferir suas decisões.” O ex-ministro lamentou o caso e afirmou conheceu o jornalista britânico Dom Phillips.

Conforme o Estadão revelou, cartéis de drogas de Miami, Medellín e Sinaloa mantêm um Estado paralelo no Alto Solimões, na Amazônia. “Isso suscita uma discussão importante, que é o espaço da Amazônia. O que o Brasil pretende? A falta da presença do Estado é uma questão grave. Do governo federal e do Estado. Dimensões grandes do território são dominadas por gangues”, afirmou Moro.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Após manhã inoperante, Uber e 99 voltam a funcionar para a maioria dos usuários

Protocolo Sul-Mato-Grossense Antirracista é aprovado pela Alems

escola

Acompanhando a rede pública, escolas particulares também aderem à ‘semana do saco cheio’

Deputadas pedem por Procuradoria da Mulher em MS

Notícias mais lidas agora

Menino que morreu em incêndio de casa teve 80% do corpo queimado após irmão acender vela no quarto

yeltsin volei

‘Achei fantástico’, diz Yeltsin sobre Campo Grande sediar as finais da Supercopa de Vôlei

energisa

Leiturista ganhava até R$ 8 mil por mês para fraudar contas de energia em Campo Grande

Felipe Selau: quem era o ex-ator da Globo que foi encontrado morto em SP

Últimas Notícias

MidiaMAIS

Supercopa no Guanandizão é reflexo do amor de Campo Grande pelo Vôlei, avalia professor da JBR

Professor de educação física da Escola Estadual José Barbosa Rodrigues comenta expectativas para Supercopa de Vôlei na Capital

Política

Nova direção do PSDB em MS fica ‘nas mãos’ da nacional e pode ser definida neste mês

Com o encerramento da atual executiva no dia 21 de outubro, o destino da sigla tucana em MS segue incerta

Polícia

Idoso é encontrado morto dentro de casa no Jardim Colibri em Campo Grande

Análise da perícia indica que vítima estava morta há dois dias

Trânsito

Carreta tomba e interdita trecho da BR-262 em MS

O acidente bloqueou totalmente a via e causou um congestionamento de cerca de 2km