A Civil e a DCPI (Divisão de Capturas e Polícia Interestadual) detiveram, na última quinta-feira (9), Alisson Santiago de França. Ele é a quarta pessoa envolvida no assalto ao deputado federal Matos Batista (PSB-DF), conhecido como Professor . O rapaz em situação de rua foi preso no SCS (Setor Comercial Sul).

O detento será indicado por roubo qualificado, e a dele encerra a procura pelos suspeitos no crime ocorrido no dia 20 de abril. Alisson e mais três renderam e ameaçaram Israel com um facão. O parlamentar entregou carteira, celular e as chaves do carro.

A 5ª DP (Área Central), no entanto, revelou após investigações que uma situação marcada por algumas contradições, foram reveladas. As informações são do Portal Metrópoles.

Israel sustentou sua versão dizendo que foi rendido pelos bandidos quando deixava uma loja de conveniência no Posto da Torre, no Setor Hoteleiro Sul. O deputado frequentou o lugar, que também é um ponto de tráfico de drogas e de prostituição, durante duas madrugadas seguidas.

Segundo informações do Metrópoles, naquela noite, Israel interagiu amistosamente com um de seus algozes antes de ter sido vítima de um assalto. As câmeras de segurança flagraram os dois homens caminhando tranquilamente nos momentos que antecederam a emboscada ao político.

Após se passarem dois dias a polícia ouviu os suspeitos, inclusive Alisson, que, na ocasião, foi liberado após prestar depoimento. O homem confessou que armou uma emboscada, ele revelou que o plano era armar uma arapuca para o parlamentar. Com a mesma frieza ele admitiu o crime e revelou o motivo de estar com Israel. Até aquele momento, ele não sabia que se tratava de um político.

Israel Batista é vice-líder do PSB na dos Deputados, integra a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da População em Situação de Rua e preside a Frente Parlamentar de .

O morador de rua descreveu para a polícia, detalhes das interações que manteve com Israel. Ele contou ter aceitado R$ 50 de Israel para realizar um fetiche do parlamentar. Afirmou também ter comprado três pedras de crack na Rodoviária a pedido do integrante do Congresso Nacional.

Ele prosseguiu e descreveu, no último dia 24 de maio, que estava perto do Posto da Torre catando latinhas e fumando crack, quando Israel o chamou. Em determinado momento, segundo o dependente químico, o parlamentar teria perguntado se ele gostaria de ganhar R$ 50. Em troca, teria de realizar um fetiche sexual do congressista. O homem sustentou em seu depoimento que aceitou a proposta, e o ato teria sido realizado em via pública, próximo ao prédio do Sicredi.

Versão do deputado

Em conversa telefônica com a reportagem no Metrópoles, no dia 31 de maio, o deputado afirmou estar embriagado na noite do ocorrido e havia tomado “hiperdosagem de Alprazolan”, medicamento usado no tratamento de distúrbios de ansiedade. “Eu estava muito bêbado, e estou fazendo um trabalho psiquiátrico sobre cigarro e bebida”, disse Israel na ocasião. Em seguida, o parlamentar enviou nota ao portal Metrópoles:

“O deputado Professor Israel afirma que. Foi vítima de uma cruel e armada emboscada, como consta em todos os depoimentos dos envolvidos, seguida do crime de roubo, em que foi agredido e ameaçado com arma branca.

Todos os envolvidos foram devidamente indiciados e já respondem na Justiça como réus pelo crime. Os depoimentos, que só foram prestados após ampla divulgação na mídia da condição de parlamentar da vítima, são contraditórios e apresentam uma versão que parece ser apenas uma tentativa desesperada dos envolvidos de se furtarem à responsabilidade pelo crime que cometeram.

Além de apresentarem fatos inverídicos, teceram diversos comentários preconceituosos, que indicam claros objetivos de prejudicar a vítima, provavelmente por ser ela pessoa pública e assumidamente homossexual.

Ao sofrer o assalto, a vítima imediatamente procurou as autoridades competentes e teve todo o suporte necessário da Polícia Militar e da Polícia Civil.

O parlamentar tem um mandato combativo e relevante e confia na Justiça para elucidar este episódio“.