Pular para o conteúdo
Brasil

Parlamentares vão à Justiça para suspender prescrição de multas do Ibama

Parlamentares que atuam em diferentes grupos da transição do governo Lula entraram com uma ação na Justiça Federal para suspender os atos do presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, que flexibilizaram punições ambientais contra infratores. A ação popular, a qual o Estadão teve acesso, é movida pelo deputado federal eleito Nilto Tatto (PT-SP), que integra … Continued
Agência Estado -
As estimativas prévias apontam que mais de 40 mil multas possam vencer (Agência Brasil)

Parlamentares que atuam em diferentes grupos da transição do governo Lula entraram com uma ação na para suspender os atos do presidente do , Eduardo Fortunato Bim, que flexibilizaram punições ambientais contra infratores. A ação popular, a qual o Estadão teve acesso, é movida pelo deputado federal eleito Nilto Tatto (PT-SP), que integra o grupo ambiental, o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), do Centro de Governo e Airton Faleiros (PT-PA), do grupo de desenvolvimento agrário.

“Não houve a adoção de estudos prévios de impacto antes de implementar as mudanças, assim como foi desconsiderada a necessidade de uma regra de transição que viesse a evitar a perda de arrecadação e a punição efetiva a danos ambientais provocados por infratores”, afirmam os parlamentares, na ação.

As estimativas prévias apontam que mais de 40 mil multas possam vencer, sem que suas punições sejam efetivadas. O pedido faz referência a decretos e despachos publicados por Bim entre 2019 e 2022.

Em linhas gerais, as mudanças criaram uma etapa de conciliação ambiental “desnecessária e sem estrutura adequada para dar vazão aos processos”, outra fase para buscar “sanear o processo a administrativo” e uma terceira para concentrar a competência dos julgamentos em primeira instância nos superintendentes do Ibama e, em segunda instância, no presidente do Ibama. Antes, a competência para o julgamento dos autos de infração era descentralizada.

A alegação é de que esses atos, uma vez reunidos, “reduziram a efetividade, a eficiência e a eficácia do processo sancionador ambiental, sujeitando os procedimentos a gargalos, lentidão e subjetividades que aumentam o risco de prescrições e minam a aplicação das sanções previstas em lei”.

A paralisação total do setor hoje, afirmam, decorre de atos estruturados para este fim. “O processo de fragilização do processo sancionador ambiental é fruto de um conjunto de atos coordenados, uma autêntica empreitada lesiva”, afirmam os deputados. “E é este o cenário que provoca a necessidade de ajuizamento da presente ação, haja vista o fato de que, ao contrário do que deveria estar acontecendo, há ainda mais falhas nos mecanismos de controle de riscos a respeito da prescrição intercorrente no processo sancionador ambiental.”

Na ação, eles pedem que os atos de Eduardo Bim sejam suspensos, mantendo inalterados os processos ainda não extintos. Solicitam ainda que o Ibama e seu presidente sejam citados e que seja feita a intimação do Ministério Público para atuar no caso.

A reportagem questionou Eduardo Bim sobre a ação. O presidente do Ibama disse que ainda não teve acesso à ação, mas que seus atos se baseiam em jurisprudências do Supremo Tribunal Federal , Superior Tribunal de Justiça e tribunais regionais federais.

A estrutura operacional do Ibama está completamente paralisada. Reportagem do Estadão publicada nesta quarta-feira, 30, mostrou que o órgão federal está sem recursos para financiar operações básicas para sua operação diária. A informação foi comunicada pelo próprio presidente do órgão, em ofício.

Segundo Bim, devido a bloqueios orçamentários, há comprometimento para pagar despesas já de dezembro, que leva a uma situação “extremamente crítica”.

“Despesas para manutenção da máquina administrativa serão igualmente afetadas, a exemplo daquelas incorridas com água, energia elétrica, vigilância e segurança, transporte de servidores, transporte de bens, pagamento de GECC, sistemas informatizados, trabalhos de ouvidoria, auditoria e corregedoria, serviços de telefonia, colaboradores terceirizados, etc.”, afirma o presidente do Ibama, no ofício.

O cenário é tão crítico, que Bim chega a opinar pela do trabalho presencial nas unidades. “Considerando a possibilidade de responsabilização do gestor em permitir a ocorrência de despesas mesmo ciente da indisponibilidade de orçamento compatível para tal, questiono sobre a viabilidade da suspensão do expediente presencial nas unidades do órgão, com a consequente suspensão dos serviços que geram despesas continuadas e adoção do trabalho remoto/teletrabalho para a totalidade dos servidores do Ibama.”

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
ufms

UFMS abre inscrição de concurso público para professores nesta sexta-feira

Prefeitura anuncia fim da situação de emergência na saúde em Campo Grande

Guias de licenciamento do Detran/MS não serão mais enviadas por Correios a partir de agosto

VÍDEO: Atentado contra brasileiro foi flagrado por câmeras de segurança na fronteira

Notícias mais lidas agora

Amante diz que jogou corpo de mulher em vala em Terenos após entrar em surto

VÍDEO: Comitiva brasileira entrega cartas mostrando o que os EUA perdem com tarifaço de Trump

Em abril, membros do MPMS comemoram escolha de Alexandre Magno (esq.) para indicação ao CNMP, que já tem de MS o procurador Paulo Passos (centro) (Acervo público da Assecom/MPMS)

CNMP valida desculpas para nota zero de transparência no MPMS, alerta especialista

VÍDEO: Cabine de caminhão prancha fica destruída após incêndio em Rio Verde

Últimas Notícias

Esportes

Seleção Feminina entra em campo pela vaga na final da Copa América

Em jogo decisivo, quem vencer garante vaga na grande final contra a Colômbia

MidiaMAIS

De passeio com família em Bonito, Mateus Solano saboreia culinária sul-mato-grossense

Ator experimenta culinária e turismo de Bonito com esposa e filhos

Cotidiano

Motorista de ônibus abandona cadeirante em terminal após problema em elevador

Caso aconteceu no Terminal General Osório, na linha 212

Cotidiano

Fraude do INSS: Governo Federal utiliza WhatsApp para orientar beneficiários e alerta para novo golpe

A adesão vale para descontos realizados entre março de 2020 e março de 2025