Mineradoras suspendem produção em MG por causa das chuvas
Estão com as operações em Minas suspensas
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
As chuvas intensas que atingem o Estado de Minas Gerais obrigaram mineradoras a paralisarem sua produção, por questões de segurança. Até o momento, a Vale, uma das maiores produtoras de minério de ferro do mundo, Usiminas, CSN e Vallourec – que teve no fim de semana sua atividade paralisada pela Justiça, após o transbordamento de um dique na barragem da empresa -, estão com as operações em Minas suspensas.
Na manhã desta segunda-feira, 10, a Vale informou que teve de paralisar parcialmente a sua produção nos sistemas Sudeste e Sul Segundo a mineradora, a decisão visa a “garantir a segurança dos seus empregados e comunidades, em razão do nível elevado de chuvas que atingem Minas Gerais”. Apesar do cenário, a Vale disse que contempla o período de chuvas em suas projeções e, assim, mantém sua estimativa de produção de minério de ferro para 2022, estimado para ficar entre 320 milhões e 335 milhões de toneladas.
A companhia destacou que continua “acompanhando o cenário de chuvas em Minas Gerais e monitorando suas barragens, 24 horas por dia, em tempo real, por meio dos Centros de Monitoramento Geotécnicos”. A grande preocupação em torno das mineradoras é com a segurança das suas barragens, depois das tragédias recentes ocorridas em Mariana e Brumadinho.
Já a Mineração Usiminas afirmou que suas atividades deverão ser retomadas “quando as condições climáticas melhorarem e permitirem acesso seguro às minas e o funcionamento adequado de equipamentos, bem como após uma revisão das condições das instalações em geral”. A companhia destaca, ainda, que ao menos até aqui, a paralisação da mineradora não deverá afetar a sua produção de aço, visto que há estoque.
A CSN, por sua vez, afirmou que a operação da mina Casa de Pedra está temporariamente suspensa e com “expectativa de retorno das atividades nos próximos dias”. Ainda por conta das chuvas, a operação portuária de carregamento de minério no Terminal de Carvão no porto de Itaguaí, no Rio, também está suspensa.
Segundo especialistas consultados pelo Estadão, apesar da suspensão, ainda é cedo para prever o impacto nos volumes de produção de minério esperados para o ano – e se haverá pressão em relação aos preços da commodity, tendo em vista que o Brasil é um dos principais exportadores do insumo.
“Acredito que são paralisações de curto prazo, assim como não antevejo potencial de alterações nas projeções. A minha percepção, no caso de exportações, é que existem estoques nos portos para atender à demanda. E, no caso do mercado interno, há estoque nas usinas”, afirma o presidente do conselho diretor do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram),Wilson Brumer.
Segundo ele, a situação pode se agravar caso as chuvas perdurem na intensidade dos últimos dias, mas as projeções indicam que a partir desta quarta-feira as chuvas devem diminuir.
Os analistas do BTG Pactual afirmam que janeiro é tipicamente um mês de chuvas mais intensas e, embora neste ano a intensidade esteja maior, ainda há uma percepção de normalidade. No entanto, eles frisam que “após os incidentes de barragens do passado, saudamos a abordagem de tolerância zero que as mineradoras estão adotando no País para minimizar os riscos operacionais, que consideramos a abordagem prudente”, destacam.
Minas paradas
No Sistema Sudeste, foram paralisadas as minas da Vale do complexo Mariana e Brucutu. Já no Sistema Sul, em função da interdição da rodovia BR-040 e da MG-030, a produção de todos os complexos foi paralisado. O Sistema Norte da mineradora não foi afetado e segue operando normalmente, segundo a empresa. Em relatório enviado ao mercado, o BTG frisou que, no caso da Vale, um terço de sua capacidade está suspensa nesse momento.
No caso da CSN, a produção afetada foi de sua principal mina a Casa de Pedra, localizada no município de Congonhas. A CSN Mineração produz também na Namisa, que segue sua atividade. Já com a Usiminas toda sua produção de minério de ferro está, até o momento, suspensa.
Pequenas afetadas
Além das grandes mineradoras, as pequenas mineradoras da região também aguardam o fim das chuvas para retomar a produção. Um dos casos é a Atlântica Mineração, que teve que suspender suas obras de expansão por conta da situação climática. “Estamos com duas minas para iniciar operação e não conseguimos sequer levar os equipamentos, pois temos que fazer algumas melhorias nas vias de acesso”, comenta o diretor da mineradora, Maurício Índio do Brasil.
Notícias mais lidas agora
- Jeep roubado de ex-superintendente morto a pauladas e facadas é encontrado pela polícia
- Antes de assassinato, homem foi visto em cima de telhado de casa de ex-superintendente em Campo Grande
- VÍDEO: Agente de saúde reage e parte para cima de ladrão durante roubo de celular no Aero Rancho
- VÍDEO: Rua do Colúmbia ‘ganha’ cachoeira após enxurrada e moradores ficam revoltados
Últimas Notícias
Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
Delegado foi acusado de tortura e sequestro de presos
‘Firme e forte’: Lula caminha por hospital e diz que está pronto para voltar para casa
Presidente passou por cirurgias após queda
Área queimada no Pantanal em 2024 foi três vezes maior do que em 2023, aponta Cemtec
Aumento é de 220,8% em relação ao mesmo período de 2023, que registrou 505.525 hectares queimados
Fundação de Cultura de MS abre edital para selecionar artesãos para ministrar oficinas no Estado
As inscrições vão de 23 de dezembro a 21 de janeiro de 2025
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.