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Brasil

Milícias aumentam em quase 400% territórios que dominam no RJ

Entre o primeiro triênio (2006-2008) e o último (2019-2021) da série histórica, as milícias expandiram em 387% as áreas sob o seu controle
Agência Estado -
policia rio de janeiro
Polícia do Rio de Janeiro em operação (Reprodução, Agência Brasil)

Quadrilhas armadas de traficantes e milicianos expandiram em 131% as áreas sob o seu controle na Região Metropolitana do Rio nos últimos 15 anos. Entre 2006 e 2008, 8,7% da área urbana habitada estava sob controle armado. O número pulou para 20% entre 2019 e 2021. O crescimento das milícias é o principal motivo dessa expansão. Os dados fazem parte do novo Mapa dos Grupos Armados, feito em parceria entre o Instituto Fogo Cruzado e o Grupo de Estudos de Novos Ilegalismos (Geni) da UFF, divulgado nesta terça-feira.

Entre o primeiro triênio (2006-2008) e o último (2019-2021) da série histórica, as milícias expandiram em 387% as áreas sob o seu controle. Passaram de 52,6 para 256,2 quilômetros quadrados. Segundo o novo mapa, atualmente 10% de toda a área territorial do Grande Rio está sob domínio de bandos de milicianos. Hoje, representam o principal desafio à segurança pública do Estado.

A análise da série histórica revela também que a maior parte da expansão das milícias (90,3%) ocorreu por incorporação de áreas onde antes não havia controle territorial nenhum – e não por meio da conquista de espaços controlados por outros grupos. “A (constatação da) expansão das milícias é o resultado mais expressivo desse mapa dos grupos armados”, afirmou o sociólogo Daniel Hirata, coordenador do Geni/UFF e principal responsável pelo trabalho. “Os outros grupos armados, exceto a ADA, também cresceram, mas a velocidade de crescimento da é muito superior. É claramente o grupo armado dominante atualmente.”

Na análise de Daniel Hirata, o crescimento das milícias é ainda mais preocupante. “O tráfico de drogas é a criminalidade desorganizada”, disse ele. “Já os milicianos têm uma relação de tolerância e participação direta de agentes públicos. É um mercado de atuação muito mais diversificado e articulado. Os milicianos controlam a água, a internet, o transporte; ou seja, toda a urbana da cidade é produzida com a mediação desses grupos. As milícias são uma ameaça real às instituições democráticas. Acho realmente assustador.”

FACÇÕES

O ampliou suas áreas em 58,8%, de 130,2 para 206,8 quilômetros quadrados. O Terceiro Comando Puro também aumentou a área sob o seu domínio em 110,8% (de 19,7 para 41,5 quilômetros quadrados). Segundo o trabalho, a expansão dos grupos armados nos últimos anos é um fenômeno complexo, resultado de inúmeros eventos e fatores locais e nacionais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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