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Brasil

Jovem tatuada à força com nome de ex-namorado no rosto diz que sofreu sessão de tortura: ‘me matou por dentro’

A jovem alega que foi sequestrada e mantida em cárcere no fim de semana
Maria Eduarda Fernandes -
Tayane Caldas teve rosto tatuado à força pelo ex-namorado (Foto: reprodução)

Após a repercussão do caso da jovem de 18 anos que teve o rosto tatuado a força pelo seu ex-namorado, Tayane Caldas fez sua primeira aparição nesta segunda-feira (23). A jovem revelou detalhes da sessão de tortura que passou nos últimos dias com seu ex-namorado que não aceitava o fim do reacionamento.

A vítima voltou no tempo e explicou como tudo aconteceu. Sexta-feira (20) ela afirmou ter saído de casa para ir a um curso, quando foi surpreendida por Gabriel Coelho que obrigou que o trajeto seguisse em seu carro. Ela foi levada até a casa do rapaz, onde passou por uma sessão de tortura, com agressões e ofensas.

Em um desses momentos de agonia, Gabriel decidiu fazer uma no rosto da menina. “Logo depois das agressões, ele amarrou os meus dois braços e falou que ia tatuar meu rosto. Eu chorei, implorei. Eu pedi para ele não fazer isso porque ia destruir a minha vida e ela disse que faria mesmo assim. E enquanto eu gritava, ele me batia. Eu só vi a tatuagem pronta depois e só conseguia chorar”, disse.

Segundo a apuração do G1, ela ainda afirmou que já havia sido agredida outras vezes e, em duas delas, o ex já havia marcado seu nome com tatuagens no seio e na virilha da jovem.

“Quando eu olhei, não era mais eu, não sou eu com isso aqui. Para mim, ele me matou por dentro, acabou comigo com uma forma de me marcar e dizer que eu sou propriedade dele”, conta a vítima.

No sábado (21) a jovem conseguiu fugir da casa onde era mantida em cárcere com hematomas e a tatuagem cobrindo a lateral do rosto com o nome do ex-namorado. Logo que chegou em casa, a de Tayane viu o estado da menina, procurou a polícia e ele foi preso por descumprimento de medida protetiva que a jovem já tinha contra ele.

Medida protetiva

A vítima contou que eles se conhecem há seis anos e começaram a namorar há dois anos, quando ela tinha 16. Os primeiros meses do relacionamento foram tranquilos, mas ao longo do primeiro ano ele passou a ter comportamentos possessivos, até que começaram as agressões.

“Ele começou impedindo que eu usasse uma roupa, depois de andar com meus amigos e quando eu vi já estava me batendo. Eu acabei contando para a minha mãe e terminamos. Oito meses depois, ele me disse que ia mudar e eu aceitei, foi o meu maior erro”, conta.

Após reconhecer estar em ciclo de violência, Tayane resolveu se ausentar. “Eu pedi uma protetiva depois disso, consegui um emprego e estava levando a minha vida. Ele me ameaçava, eu já não tinha mais rede social, celular, até que ele me pegou na rua e disse que iria cumprir a ameaça que tinha, de tatuar a minha cara com o nome dele”.

‘Denuncie, tudo fica pior’

Tayane terminou seu depoimento incentivando pessoas que sofrem com uma situação semelhante, a denunciar. “Eu só quero que as pessoas que estão vendo o meu rosto assim, me vendo, não tenham medo. Não pode ter medo, precisa denunciar, porque tudo fica pior”, disse.

Tatuagem consentida

Na delegacia, o agressor apresentou um vídeo em que Tayane dizia permitir a tatuagem, alegando o consentimento da jovem. A versão é investigada pela Polícia.

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