Ainda segundo a Veja, Bolsonaro, quando soube do esquema, ficou “desesperado”.

Queiroz

Luiza disse aos promotores que era obrigada a repassar mais de 90% dos seus salários para Queiroz. Ela apresentou extratos bancários que mostram transferências de R$ 160 mil para o ex-assessor de 2011 a 2017. A ex-assessora contou que se envolveu nos desvios aos 19 anos, enquanto ainda cursava a de Estatística.

Com Flávio, Queiroz e mais quatorze pessoas, Luiza foi denunciada à Justiça. Os crimes são peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e apropriação indébita. O processo teve provas anuladas pelo Superior Tribunal de Justiça

Uma irmã de Ana Cristina, Andréa Valle, em áudios que lhe foram atribuídos e foram publicados pelo site UOL, também citou o suposto esquema de desvio de salários de assessores. O caso teria ocorrido no gabinete do próprio Jair Bolsonaro, quando era deputado federal. Um irmão de Ana e Andréa, André, teria sido exonerado porque se recusava a repassar uma parte do salário ao suposto esquema.

Outro que citou o suposto esquema de desvio de parte dos salário que recebia como assessor parlamentar foi Marcelo Luiz Nogueira dos Santos. Ele contou ao site Metrópoles em setembro de 2021 que, por quatorze anos, trabalhou para a família Bolsonaro. Marcelo disse que “devolveu” 80% do que recebeu no gabinete de Flávio – uns R$ 340 mil, acumulados ao longo de quatro anos.

O Estadão não localizou Ana Valle para se manifestar sobre a reportagem. À Veja, ela negou ser “mentora da ” e também ter tido qualquer participação no suposto esquema.

Em publicação nas redes sociais, Waldyr afirmou: “Informo que jamais presenciei ou soube de algo que tenha havido rachadinha (sic) em qualquer gabinete dos Bolsonaros”. O senador reclamou que “os ataques não param”, mesmo em um “momento difícil”. Na madrugada desta sexta, 21, Olinda Bolsonaro, mãe do presidente, morreu aos 94 anos. Flávio costuma atribuir as acusações a “perseguição política” de adversários do pai.