Pular para o conteúdo
Brasil

Comissão rejeita punição a partidos que não cumprirem cota feminina

PEC segue para votação no plenário da Câmara em dois turnos
Agência Brasil -

A Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/21 rejeitou hoje (23) o destaque que determinava punição aos que não aplicaram os recursos do fundo partidário na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres.

No relatório da deputada Margarete Coelho (PP-PI), aprovado ontem (22), a parlamentar se posicionou contrária à anistia aos partidos que descumpriram a cota mínima de recursos para mulheres e negros em eleições passadas.

A deputada manteve as punições para os partidos que não respeitaram o mínimo de 30% de mulheres candidatas nas eleições anteriores à PEC.

O texto aprovado estabelece que não serão aplicadas sanções aos partidos, inclusive de devolução de valores, multa ou do fundo partidário, que não cumpriram a cota mínima de recursos ou que não destinaram os valores mínimos de sexo e raça nas eleições passadas.

A PEC segue uma decisão de 2018, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que a distribuição de recursos do fundo partidário destinado ao financiamento das campanhas eleitorais direcionadas às candidaturas de mulheres deve ser feita na exata proporção das candidaturas de ambos os sexos, respeitado o patamar mínimo de 30% de candidatas mulheres.

Na ocasião, a Corte também decidiu pela obrigação de uso de 5% do fundo partidário para a promoção da participação política das mulheres já prevista na Lei dos Partidos Políticos. O texto aprovado ontem na comissão, estabelece uma anistia para quem não cumpriu as regras nas eleições anteriores.

Na votação dos destaques do e do Novo, contrários à anistia, a relatora voltou a defender a manutenção do texto, com o argumento de que a ação dos partidos nas eleições de 2020 foi dificultada pelas restrições da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

“[O texto] tem esse condão de reconhecer que os partidos não conseguiram gastar [os recursos previstos na legislação] por conta da pandemia, e essa justificativa, para mim, é insuperável”, disse a relatora deputada Margarete Coelho, acrescentando que “porém, sem ser ingênua, não sei se todos os partidos cumpririam a cota se não estivéssemos em um momento de pandemia. Mas não vou partir do pressuposto de que haveriam em todos os partidos esse ânimo de burlar essa cota”.

Com a conclusão da votação, a matéria seguirá para o plenário da Câmara dos Deputados e precisará do voto de pelo menos 308 deputados, em dois turnos. Se não for modificado, o texto segue para promulgação.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Prefeitura de Campo Grande recorre de decisão que suspendeu multas de trânsito

Macron vai apresentar ‘prova científica’ de que sua esposa nasceu mulher à Justiça dos EUA

Último dia: concurso do TJMS oferta 15 vagas e salários de R$ 32 mil

Homem executado com 3 tiros na frente da esposa em Dourados era ex-presidiário

Notícias mais lidas agora

Promotor deixa de oferecer ação penal por fraude em licitação de cascalhamento a Patrola

Vostok: Reinaldo vai à Justiça para liberar bens no nome de filhos e esposa

carlinhos maia 1 milhao campo-grandense 2

Desempregada e ‘cheia de problemas’, campo-grandense ganha 1 milhão de reais de Carlinhos Maia

Vereadores criam Medalha Irmã Silvia Vecellio para homenagear profissionais da saúde

Últimas Notícias

MidiaMAIS

Quer plantar Graviola, Ipê e Pata de Vaca? Campo Grande terá distribuição de sementes no Dia da Árvore

Atenção, "pais de plantas": ação acontece na sexta-feira (19) em alusão à data voltada à preservação do meio ambiente

Brasil

Dino manda PF investigar gestão de Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19

Relatório final da CPI da Covid acusou Bolsonaro de nove crimes

Transparência

TSE suspende análise de indicados a juiz do TRE-MS e cobra experiência de advogado

Vaga está aberta há mais de dois meses no TRE-MS e corte pressiona urgência para deliberar lista tríplice

Polícia

Máfia dos Cigarreiros: Ex-sargento é condenado a devolver mais de R$ 1 milhão por enriquecimento ilícito 

Ex-sargento já havia sido condenado anteriormente com a exclusão da PMMS