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Brasil tem estoque de diesel suficiente para 38 dias sem importação, diz MME

A crescente preocupação com o risco de desabastecimento de diesel no segundo semestre no Brasil, reforçada por um ofício enviado ao Ministério de Minas e Energia pela Petrobras, levou o órgão a divulgar o nível dos estoques do combustível. Segundo o ministério, os estoques representam 38 dias de importação. Isso significa que se as importações … Continued
Agência Brasil -
(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A crescente preocupação com o risco de desabastecimento de no segundo semestre no Brasil, reforçada por um ofício enviado ao Ministério de Minas e Energia pela , levou o órgão a divulgar o nível dos estoques do combustível. Segundo o ministério, os estoques representam 38 dias de importação. Isso significa que se as importações do combustível fossem suspensas hoje, os estoques, somados à produção nacional, seriam suficientes para suprir o País por este período.

A informação veio a público depois que a Petrobras enviou um ofício esta semana ao ministério, alertando para a gravidade da situação do abastecimento no País no segundo semestre, o que já havia feito informalmente em outras ocasiões.

A crise do diesel está ocorrendo no mundo inteiro, devido ao aperto da oferta devido à guerra entre a Rússia e Ucrânia. Mais especificamente no Brasil, o segundo semestre tem aumento de demanda expressiva por diesel, com o aumento da circulação de caminhões no País por causa da safra de grãos.

Segundo o MME, desde o início da intensificação do monitoramento do abastecimento por um comitê criado para essa função, a autonomia do diesel no País passou de 30 para 38 dias, aumento de 26,7%.

“Atento ao abastecimento nacional de combustíveis, quando do início do conflito que eclodiu no leste europeu, com reflexos na conjuntura energética global, (o MME) adotou medidas imediatas para intensificar o monitoramento dos fluxos logísticos e da oferta de , gás natural e seus derivados, nos mercados doméstico e internacional”, informou o ministério em nota.

Entre as medidas, o ministério criou em março o Comitê Setorial de Monitoramento do Suprimento Nacional de Combustíveis e Biocombustíveis, grupo técnico para monitorar os estoques durante a guerra do Leste europeu.

A mesa, como é conhecido o Comitê, é coordenada pelo Ministério de Minas e Energia, e tem a participação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíves (ANP), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e associações representativas e agentes do setor, incluindo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Petrobras, Acelen, entre outros.

O grupo se reúne semanalmente, às segundas-feiras, buscando consolidar as expectativas de oferta (produção nacional e importação) com as expectativas de demanda, e obter diagnósticos mais precisos e antecipados sobre o abastecimento de diesel para os meses futuros.

O MME informou ainda que convocou uma reunião com a ANP e a Petrobras para ontem, mas descartou que o encontro tenha sido motivado pelo ofício enviado pela Petrobras, que já estava agendada, segundo o ministério. Segundo a nota, o ministério, “a redução da oferta e dos estoques mundiais de óleo diesel, em função da conjuntura energética mundial, e o aumento da demanda pelo produto, no segundo semestre do ano, são fatos amplamente conhecidos e monitorados pelo Comitê”.

De acordo com a diretora de Downstream (refino) do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Valeria Lima, que integra o Comitê, não há risco de desabastecimento de combustível, em especial, diesel, no curtíssimo prazo, ou seja, nos próximos dois meses. Depois, de agosto em diante, Lima diz que há riscos reais de distúrbios caso o País não se prepare.

“Por enquanto temos estoques bons no Brasil. Até agora o setor conseguiu comprar no mercado internacional e estamos no nível adequado e precisamos manter isso. Mas temos problemas no horizonte sim, dentro de um contexto mundial de oferta e demanda muito apertado”, disse Lima.

Para o consultor de óleo e gás da StoneX, Pedro Shinzato, é improvável um desabastecimento generalizado no Brasil no segundo semestre, mas admite que podem haver pontuais. “O que mais preocupa são os meses de agosto, setembro e outubro, quando nossa demanda é alta em função da safra e começa a temporada de furacões no Golfo do México. Se este ano for mais intensa, a situação pode ficar bastante complicada”, diz.

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