Pular para o conteúdo
Brasil

Só a denúncia pode acionar rede de proteção de mulheres, diz ministra

A lei define atualmente cinco formas de violência
Arquivo -

 

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou nesta segunda-feira (9) que é preciso encorajar as pessoas a denunciarem casos de violência contra a mulher. Segundo ela, só com a denúncia é possível acionar a rede de proteção das vítimas.

“Tem gente que acha que não adianta denunciar, que não vira nada. Vamos tirar isso da cabeça, vira sim. A denúncia é a porta de entrada para uma rede de proteção da mulher e é por meio da denúncia que todos nós aqui somos acionados”, afirmou durante um debate virtual promovido pela Secretaria da Mulher do Distrito Federal. O evento debateu o legado da , que completou 15 anos de promulgação no último sábado.

Damares Alves também destacou que a maior parte das mulheres que morreram vítimas de violência não tinham medida protetiva decretada, o que poderia ter evitado mortes. “Mais de 70% das mulheres que morreram assassinadas por seu companheiro ou por outra pessoa, não estavam na rede de proteção, ainda não tinham medida protetiva. Isso quer dizer que se elas tivessem uma medida protetiva, é possível que elas não tivessem sido assassinadas”, pontuou. A ministra enfatizou ainda que não apenas a vítima, mas qualquer pessoa pode denunciar o caso de uma mulher submetida à violência doméstica, seja de qual tipo for. “Qualquer pessoa pode denunciar a violência e a gente garante o anonimato”, ressaltou.

A lei, considerada uma das três melhores no mundo pelas Nações Unidas, juntamente com a da e a do Chile, prevê mecanismos inovadores, como medidas protetivas, ações de prevenção, suporte às mulheres e grupos reflexivos para homens.

Segundo a ministra, desde que foi promulgada, em 2006, a Lei Maria da Penha passou por diversos aperfeiçoamentos. Ela citou, por exemplo, a recente criação do tipo penal violência psicológica. Com isso, a lei define atualmente cinco formas de violência: física, sexual, moral, psicológica e patrimonial.

“Há 15 anos atrás, por exemplo, nós não tínhamos o WhatsApp e hoje nós temos violências contra a mulher no WhatsApp. Então, a lei tem que se adequar às necessidades e às transformações que acontecem na sociedade”, afirmou.

Uma outra atualização, feita em 2019, passou a permitir que autoridades policiais determinassem a aplicação de medidas protetivas a mulheres vítimas de violência doméstica. “Tem cidades no interior do Brasil que não tem fórum, que não tem juiz”, lembrou a ministra ao destacar a mudança.

Segundo dados do Portal de Monitoramento da Política Judiciária de Enfrentamento à Violência Doméstica contra as Mulheres do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foram concedidas 386.390 medidas protetivas no ano passado.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Com três gols de Vitor Roque, Palmeiras atropela Inter e vence por 4 a 1

VÍDEO: Maior incêndio da história de Campo Grande completa 5 anos

Homem é preso acusado de estupro de vulnerável contra as próprias filhas quando as vítimas ainda eram crianças

Corpo de pianista brasileiro morto pela ditadura argentina é identificado após 50 anos

Notícias mais lidas agora

VÍDEO: incêndio atinge área de mata no Parque dos Poderes em Campo Grande

Imagem de Nossa Senhora da Aparecida resiste a incêndio em residência no Noroeste

Idade média dos ônibus supera em mais de 3 anos limite exigido em contrato, acusa CPI

Aluna de Autoescola denuncia instrutor por importunação sexual em Campo Grande

Últimas Notícias

Brasil

Após ‘comemorar’ morte do influenciador e conservador Charlie Kirk, Eduardo Bueno tem evento cancelado

PUCRS suspendeu a participação dele após vídeo polêmico com vários ataques a Charlie

Brasil

Pânico: avião da Azul é esvaziado às pressas em Brasília momentos antes da decolagem

Os passageiros foram orientados a deixar a aeronave imediatamente, sem levar malas ou pertences pessoais

Trânsito

Três pessoas morrem e quatro ficam feridas em acidente na região de Sidrolândia

Após colisão entre caminhonete e carro de passeio, latas de cerveja ficaram espalhadas pelo chão

Brasil

Adeus ao ‘bruxo da música brasileira’:  multi-instrumentista irreverente, Hermeto Paschoal morre aos 89 anos

Começou a carreira aos 14 anos: jazz,  forró e frevo; teve elogios de peso, como: Elis Regina e Miles Davis