Pazuello diz que afastou servidor por app que indicava cloroquina até a bebês
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quinta-feira, 11, que mandou abrir investigação e afastou um servidor por causa do aplicativo TrateCOV. Como revelou o Estadão, o programa foi lançado em Manaus (AM), em plena crise pela falta de oxigênio, e recomendava o uso de medicamentos sem eficácia contra a covid-19, como a cloroquina, […]
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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quinta-feira, 11, que mandou abrir investigação e afastou um servidor por causa do aplicativo TrateCOV. Como revelou o Estadão, o programa foi lançado em Manaus (AM), em plena crise pela falta de oxigênio, e recomendava o uso de medicamentos sem eficácia contra a covid-19, como a cloroquina, até para um bebê recém-nascido com dor de cabeça e náusea.
Pazuello afirmou que o aplicativo tinha como função auxiliar no diagnóstico da covid-19. O programa era usado apenas por profissionais de saúde, mas foi retirado do ar após críticas ao governo. “Tinha esse objetivo: auxiliar no diagnóstico. Observamos, essa plataforma era aberta. Quando fomos verificar, estava induzindo as ações de medicamentos. Mandamos tirar do ar imediatamente. Mandei abrir processo sobre e o servidor foi afastado”, afirmou Pazuello.
O general participou de uma audiência no Senado. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirma que esta reunião será importante para decidir se uma CPI sobre a atuação do governo na pandemia será ou não aberta.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quinta-feira, 11, que mandou abrir investigação e afastou um servidor por causa do aplicativo TrateCOV. Como revelou o Estadão, o programa foi lançado em Manaus (AM), em plena crise pela falta de oxigênio, e recomendava o uso de medicamentos sem eficácia contra a covid-19, como a cloroquina, até para um bebê recém-nascido com dor de cabeça e náusea.
Pazuello afirmou que o aplicativo tinha como função auxiliar no diagnóstico da covid-19. O programa era usado apenas por profissionais de saúde, mas foi retirado do ar após críticas ao governo. “Tinha esse objetivo: auxiliar no diagnóstico. Observamos, essa plataforma era aberta. Quando fomos verificar, estava induzindo as ações de medicamentos. Mandamos tirar do ar imediatamente. Mandei abrir processo sobre e o servidor foi afastado”, afirmou Pazuello.
O general participou de uma audiência no Senado. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirma que esta reunião será importante para decidir se uma CPI sobre a atuação do governo na pandemia será ou não aberta.
O TrateCOV recomenda o uso de medicamentos sem eficácia para pacientes de qualquer idade que apresentam dois sintomas listados pelo programa. Há, porém, sintomas genéricos, como diarréia.
Pressionado por investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre omissão na ajuda a Manaus, onde o governo federal pressionou pelo uso da cloroquina, Pazuello tem dito que jamais recomendou medicamentos na pandemia.
“O Ministério da Saúde não faz protocolo para uso de medicamentos. O ministério, quando orienta, nós orientamos o atendimento imediato, ou atendimento precoce”, disse.
Após meses de defesa e entrega em massa pelo governo federal de medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19, o ministro da Saúde mudou de versão sobre estes medicamentos. Cobrado pelo presidente Jair Bolsonaro, porém, a pasta recomenda desde maio de 2020 o tratamento com os medicamento já no primeiro dia de sintomas da covid-19. O documento não é um “protocolo” da pasta, como disse Pazuello, mas serve como orientação a profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS). A prescrição destes fármacos contra a covid-19 é rejeitada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Mesmo sem um protocolo formal, o Ministério da Saúde e o presidente Jair Bolsonaro tem pressionado autoridades locais pelo uso dos fármacos de eficácia contestada. Em visita a Manaus, no começo de janeiro, Pazuello e sua equipe cobraram o uso do “tratamento precoce”. O general e Bolsonaro apontam a falta deste “tratamento” como uma razão para o colapso da saúde no município. Em ofício enviado à Secretaria de Saúde de Manaus, o ministério chegou afirmar que é “inadmissível” não prescrever o tratamento precoce contra a covid-19.
A postura de Pazuello e de sua equipe em Manaus levou a Procuradoria da República no Amazonas a determinar a abertura de inquérito civil para apurar se houve falha no apoio ao Estado e opção por indicação de “tratamento precoce com eficácia questionada”.
Apesar de afirmar que não indica medicamentos contra a covid-19, Pazuello chegou a dizer que ficou “zero bala” ao tomar o “kit completo” contra a covid-19, que inclui a hidroxicloroquina. A declaração foi feita em 22 de outubro de 2020, ao lado do presidente, durante uma transmissão nas redes sociais. Bolsonaro, então, disse: “Se algum médico não quiser receitar a hidroxicloroquina, o que faz?” E Pazuello respondeu: “O médico chama outro médico, se o paciente quiser tomar, assina lá o compromisso, receita”. Dias mais tarde, o quadro de saúde de Pazuello se agravou e o general precisou ser internado para se curar da covid-19.
Por ordem de Bolsonaro, o Laboratório do Exército fez mais de 3,2 milhões de comprimidos da cloroquina durante a pandemia. Em novembro, estavam encalhadas mais de 400 mil doses. O País também recebeu cerca de 3 milhões de comprimidos de hidroxicloroquina do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e da farmacêutica Sandoz, mas a pasta não conseguiu distribuir nem mesmo 500 mil unidades. Além da baixa procura, o fármaco foi enviado em caixas com 100 ou 500 comprimidos e precisa ser fracionado – com custo repassado a Estados e municípios.
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