Comida aos pobres

e treinamento de jovens

Guedes afirmou ainda que o governo vai arcar com o custo este ano do programa de treinamento de jovens, mas que está “perguntando” ao se gostaria contribuir a partir do ano que vem, já que tem um recurso constitucional da contribuição sobre a folha de pagamento. “Nós vamos bancar tudo isso este ano. Enquanto estudamos, juntos, como podemos usar essa contribuição para a folha e em como vocês podem ajudar também. Se não der, nós pagamos. Temos os próximos seis meses para construir isso juntos”, disse, na live com a Fiesp.

O ministro repetiu que não gosta da contribuição sobre a folha de pagamento e criticou o uso indevido dos recursos, sem citar nomes. “E é um recurso de uma fonte que eu não gosto, que é o encargo sobre a folha, que é um inimigo do emprego. Mas já que isto está lá, vamos usar de forma benéfica, que é com o treinamento de jovens, e menos com a sede. Menos Brasília e mais Brasil. Vamos gastar menos no jogo de influência parlamentar, comprando sede no Rio de Janeiro para a diretoria passar o fim de semana. Vamos gastar menos, digamos assim, prestigiando, às vezes, o serviço de publicidade, para ficar bem na opinião pública, agradar colunista. Vamos gastar menos nessa direção e mais no treinamento dos jovens.”

Dentro dos programas de Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) e Bônus de Incentivo à Qualificação (BIQ), Guedes disse que o governo quer atender 2 milhões de jovens, com uma bolsa de R$ 250 a R$ 300 para ser treinado dentro de uma empresa, que pagaria a outra metade do benefício. “Não é emprego, é treinamento, senão já vão colocar encargo. Os encargos trabalhistas são uma arma de destruição de massa para empregos “

O ministro participou de uma live com Josué Gomes e Rafael Cervone, candidatos, em chapa única, à presidência e à primeira vice-presidência da Fiesp, respectivamente.

Gomes e Cervone são apoiados pelo atual presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que fez, em seu discurso inicial, campanha para os dois. O caráter eleitoral também ficou claro nas primeiras declarações de Gomes e Cervone, que convocaram os industriais paulistas à votação, que ocorre no dia 5 de julho.