Governo do RJ recorre da decisão de Fachin que mandou investigar operações policiais na pandemia

O estado também exige padrões de aplicação da lei

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Votação do marco temporal é suspensa mais uma vez e sessão retoma na quinta-feira (8).
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O Governo do Rio de Janeiro recorreu, nesta segunda-feira (16), da decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou investigações sobre operações policiais durante a pandemia.

Fachin limitou operações policiais nas comunidades do Rio

No ano passado, Edson Fachin decidiu que, devido à pandemia, as operações policiais nas comunidades do Rio só deveriam ocorrer em circunstâncias excepcionais.

Por isso, agora, o ministro solicitou ao Ministério Público que conduzisse uma investigação para apurar se a determinação foi cumprida.

O governo do RJ argumentou que a ordem de Fachin para investigar o eventual não cumprimento da excepcionalidade nas operacionais “encontra-se na fronteira da parcialidade”.

Entre as operações a serem explicadas está a que deixou 25 pessoas mortas na comunidade do Jacarezinho, em maio. O Estado do Rio de Janeiro também afirma que se for demonstrado que há excesso de atividade nas comunidades, não é o grito de socorro de alguns setores da sociedade que irá ajudar no julgamento e punição dos responsáveis.

Operações na comunidade do Jacarezinho

Ao STF, o Ministério Público afirmou que, depois das operações policiais realizadas na comunidade do Jacarezinho, foram realizadas fiscalizações, recolhimento de depoimentos e de documentos por parte do Ministério Público, para determinar se houve descumprimento de ordem judicial emitida pelo Supremo.

Governo do Rio de Janeiro se defende

O governo do RJ afirmou que é necessário aguardar o desfecho da decisão do recurso para discutir se há ou não motivo para o Ministério Público Federal determinar a avaliação de eventual infração na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O Estado também exige padrões de aplicação da lei que mantenham os padrões legais para acesso a informações sobre atividades policiais e impeçam que autoridades fiquem expostas de forma sumária ao risco de vazamento de dados.

A Procuradoria Geral do estado do Rio de Janeiro questionou, também, a divulgação do acesso aos relatórios preenchidos ao final de cada operação policial, exceto as informações que nada têm a ver com decisões judiciais que limitam as incursões policiais nas comunidades.

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