Assim como o diretor do Instituto Butantan, o governador do estado de , João Doria, também está preocupado com o relacionamento do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, com a China. Em entrevista, disse que não há um problema de relacionamento com o laboratório, mas entre os dois governos federais.

“Há um mal-estar claro do governo chinês com o governo brasileiro. Isso é óbvio. Não é por outra razão que o Presidente da Câmera, Rodrigo Maia, foi se encontrar com o embaixador da China hoje. Há um mal-estar após tantas agressões do Jair Bolsonaro contra a China, contra a vacina da China, suportado por manifestações de dois dos seus filhos, Carlos e Eduardo. Há um mal-estar que precisa ser superado”, pediu Doria em entrevista coletiva no Palácio dos .

Ontem mesmo a Fiocruz confirmou que os insumos que são trazidos da China chegarão atrasados e por esta razão, novas doses só ficarão prontas em março. Durante a entrevista nesta quarta-feira (20), Doria lembrou disso e destacou que o presidente e seus filhos não estão tentando reverter a situação.

“Eu não vi manifestação do presidente sobre isso. Nem dos filhos, nem do Eduardo, que é presidente da Comissão das Relações Exteriores. Muito menos do Ministro das Relações Exteriores. Portanto é um bom momento para solicitar que a chancelaria brasileira, o Ministro da Saúde e o presidente Bolsonaro tratem com respeito a China, diante de uma necessidade que temos”, cobrou Doria.

Além da China, o governador também relembrou que Bolsonaro cria conflitos com outros países, como é o caso dos Estados Unidos, agora que está empossado e o presidente sempre deixou explicito sua preferência por Trump.

“Isso é uma posição equivocadíssima da diplomacia do governo Bolsonaro de ficar agredindo outros países. Agrediu China, , e países nórdicos. Temos que ter uma relação de respeito. Agrediu inclusive os Estados Unidos, ao ficar agarrado na figura do Donald Trump, derrotado nas eleições americanas. E agora, como será com Biden? Um governo que se colocou negacionista e exaltou Donald Trump durante esses últimos dois anos. Mas agora é hora de mudar. E mudar já, porque precisamos dos insumos para salvar brasileiros”, completou Doria.