O procurador da República Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa operação Lava Jato, pediu exoneração do cargo do Ministério Público Federal, e estuda uma possível migração para a política. O pedido de exoneração foi feito na última terça-feira (2) e a informação só veio a público nesta quinta-feira (4).

Deltan ainda não confirmou que será candidato nas próximas eleições. De acordo com o UOL, não há definições sobre os rumos políticos e filiação do procurador.

A interlocutarores, Deltan teria afirmado que “quero fazer mais pelo país”. Ex-procurador diz que está refletindo no seu futuro e ainda vai avaliar melhor o assunto. 

Carreira no MPF

Deltan foi o principal porta-voz do Ministério Público Federal na operação deflagrada em 2014. Além da presença na mídia, cabia a ele organizar as diferentes frentes de apuração entre a equipe de procuradores envolvidos no caso. Tinha participação reduzida no dia a dia dos processos e das audiências na Justiça Federal.

Ele ingressou na operação logo em suas primeiras fases, quando o então procurador-geral Rodrigo Janot decidiu formar uma força-tarefa para se dedicar exclusivamente ao caso, diante das dimensões das descobertas em andamento.

No auge da operação, em 2016, ficou marcado pela apresentação de um PowerPoint contra o ex-presidente Lula. Em 2020, desgastado pela divulgação de conversas que manteve no aplicativo Telegram, ele pediu desligamento dos trabalhos da operação, citando motivos familiares.