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Brasil

Congresso corre para aprovar ‘bondades’ antes do ano eleitoral

O argumento dos parlamentares é de que o Poder Judiciário tem um orçamento superior a de outros órgãos e precisa dar sua "contribuição" na contenção de despesas
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Congresso nacional
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O Congresso deve abrir caminho nesta sexta-feira (17) para aumentar o valor do , dinheiro público usado para financiar as campanhas de candidatos no ano que vem, e, para isso, pretende tirar recursos da própria Justiça Eleitoral, responsável por organizar a disputa nas 5.568 cidades do . O argumento dos parlamentares é de que o Poder Judiciário tem um orçamento superior a de outros órgãos e precisa dar sua “contribuição” na contenção de despesas, destaca o Estadão.

A estratégia dos deputados e senadores é derrubar vetos do presidente Jair Bolsonaro à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), em sessão do Congresso marcada para hoje, e turbinar o Fundo Eleitoral na votação do Orçamento, na semana que vem. O Centrão, base de apoio do governo no Legislativo, encabeça uma articulação para levar o valor a R$ 5,7 bilhões em 2022, mais do que o dobro do inicialmente previsto, de R$ 2,1 bilhões.

O presidente da Câmara, (Progressistas-AL), defendeu ontem o uso do dinheiro público nas campanhas eleitorais. “Nós temos que ter a clareza de que, se nós não temos o (financiamento) privado (das campanhas eleitorais), tem que trazer o debate claro: é o público. Sem financiamento nenhum, fica jogo sem regra, e eu acho que quem perde claramente é a sociedade”, disse ele. “A discussão vai ser: o Congresso mantém o veto do presidente e volta para R$ 2 bilhões ou o Congresso derruba o veto e mantém o porcentual, vinculando ao orçamento do TSE.”

Uma alternativa no radar dos parlamentares é, caso não consigam votos suficientes para derrubar o veto de Bolsonaro ao aumento no Fundo Eleitoral, estabelecer um valor intermediário, próximo a R$ 4 bilhões, que mesmo assim representaria o dobro do gasto nas eleições de 2020.

Manobra

Tirar recursos da Justiça Eleitoral para turbinar o fundo de campanha, contudo, é uma manobra com entraves técnicos, de acordo com especialistas do Congresso. O Legislativo não pode repassar recursos de um Poder para outro. Atualmente, o “fundão” está subordinado ao Executivo. A vinculação citada por Lira, porém, pode ser uma saída para driblar a regra, deixando a verba sob o guarda-chuva do TSE, com o recurso indo na prática para os partidos, e não para o tribunal.

Ao falar sobre o cenário, parlamentares envolvidos na discussão do Orçamento questionam o tamanho das verbas atualmente destinadas para a Justiça Eleitoral (R$ 10,3 bilhões), Justiça do Trabalho (R$ 23,4 bilhões) e Justiça Federal (13,9 bilhões) como argumento para dar um valor maior à campanha eleitoral.

“Será que não está na hora de a gente fazer uma revisão interna? Será que precisa gastar R$ 10 bilhões entre Câmara e Senado? Tem necessidade de ter uma despesa tão alta dentro do Judiciário? Por exemplo, o Tribunal Superior Eleitoral tem uma despesa em torno de R$ 10 bilhões. É o valor da Câmara e do Senado juntos”, disse o relator do Orçamento, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), em entrevista ao Estadão.

Os parlamentares fecharam um acordo na semana passada para cortar 6% das despesas não obrigatórias de todos os Poderes, atingindo também o Judiciário e o Legislativo, mas esse porcentual ainda pode aumentar.

Emendas

Deputados e senadores também discutem o valor final das emendas de relator, que estão no centro do orçamento secreto, esquema pelo qual o governo Bolsonaro distribuiu bilhões de reais em troca de apoio no Congresso. A verba pode superar os R$ 16 bilhões destinados neste ano.

Em meio à articulação para turbinar as verbas, o Senado aprovou ontem um projeto, ampliando a abrangência da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), órgão controlado pelo Centrão e irrigado com emendas do orçamento secreto.

Desde 2020, essa é a terceira vez que o Senado aumenta a área da Codevasf, empresa pública vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional. A proposta ainda depende de aval da Câmara e sanção presidencial para virar lei. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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