A categoria quer assento em uma audiência pública que ainda será realizada com representantes da para discutir a política de preços dos combustíveis. Também reivindica a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o tema.

Sobre o preço mínimo do frete, as entidades decidiram encaminhar, na segunda-feira (20), ofício aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo reuniões para discutir o tema. A Corte ainda vai julgar ações que questionam a constitucionalidade do tabelamento do frete. A categoria vai pedir que o julgamento aconteça ainda neste trimestre.

Também entraram na pauta do encontro a possibilidade de voto em trânsito dos caminhoneiros, o marco regulatório do transporte rodoviário de cargas, a aposentadoria especial com 25 anos de trabalho e os impactos da BR do Mar (projeto para estimular o transporte hidroviário) no transporte rodoviário.

“Vemos que há necessidade dessa união, e a cada dia que passa surgem pessoas usando o nome da categoria em interesse próprio”, disse o presidente da Abrava, Wallace Landim, conhecido como Chorão, antes do encontro.

Embora a possibilidade de a categoria fazer greve nacional não fosse descartada, a medida ficou de fora dos tópicos listados na nota. Segundo os organizadores, o encontro teve mais de 50 lideranças com participação presencial em auditório de um hotel em Brasília e ao menos 60 por videoconferência. Como informou ontem o Broadcast, não foram convidadas as lideranças envolvidas em atos a favor do presidente Jair Bolsonaro, que resultaram em bloqueios de estradas na semana passada.

A reunião também é vista como uma tentativa dos autônomos de superarem cisões e rachas na categoria que surgiram após a greve de 2018. O encontro é o primeiro de abrangência nacional desde a interrupção das atividades pelos autônomos naquele ano.

Novas reuniões ficaram agendadas para 16 de outubro, no Rio de Janeiro, e 20 de novembro, em Porto Alegre.