Pular para o conteúdo
Brasil

Câmara aprova PEC dos Precatórios em primeiro turno, por 312 votos a 144

O texto abre espaço de R$ 91,6 bilhões no Orçamento de 2022
Arquivo -
Imagem ilustrativa
Imagem ilustrativa

Por uma margem de apenas quatro votos, o governo conseguiu aprovar, na madrugada desta quinta-feira, 4, em primeiro turno, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios na Câmara. O texto abre espaço de R$ 91,6 bilhões no Orçamento de 2022 para o pagamento do Auxílio Brasil e outros gastos durante o ano eleitoral.

A sessão para apreciação dos destaques (sugestões de mudanças ao texto principal) e votação em da PEC será convocada “oportunamente”, segundo o presidente da Câmara, (Progressistas-AL). Não ficou claro se isso ocorrerá ainda nesta quinta ou na semana que vem.

Lira deu voto favorável e ajudou a aprovar a proposta. O parlamentar, que por ocupar a presidência da Casa não costuma votar, apertou o sim e contribuiu para garantir o placar vitorioso para o governo. Parte da oposição também foi crucial para que o presidente Jair Bolsonaro assegurasse seu plano para o ano eleitoral.

Foram dias de negociações, pressão sobre a oposição e promessas de emendas parlamentares para o governo obter 312 votos a favor da PEC dos Precatórios, contra 144. Por ser uma alteração constitucional, a proposta precisava de maioria qualificada, com 308 votos, ou três quintos dos parlamentares. Ainda será preciso aprovar o texto em um segundo turno de votação antes que ele siga para o Senado, onde também deve enfrentar resistências.

A aprovação coloca em modo de espera o “plano B” que o governo tem engatilhado: uma consulta ao Tribunal de Contas da União (TCU) para prorrogar o auxílio emergencial com crédito extraordinário, fora do teto de gastos – a regra que limita o avanço das despesas à inflação.

Ao longo do dia, Lira avisou que não tinha como garantir um resultado favorável, mas trabalhou intensamente pela vitória e por um texto mais palatável aos parlamentares, inclusive para a oposição.

O governo enfrentou grandes dificuldades em arregimentar o apoio necessário, tanto pelo conteúdo da PEC quanto pela retomada das votações presenciais, que se tornou um obstáculo ao alcance de quórum mais confortável. As bancadas do MDB e do PSDB, geralmente alinhadas ao governo, não engrossaram o apoio à proposta.

Lira, no entanto, angariou votos da oposição, que tinha como meta priorizar o pagamento dos precatórios que a União deve aos Estados em decorrência de ações judiciais envolvendo o Fundef, antigo fundo de educação básica.

Pelo acordo, em vez de entrar na fila das dívidas judiciais, eles serão pagos de forma parcelada: 40% no primeiro ano, 30% no segundo e 30% no terceiro. Com essa concessão, o texto ganhou o apoio de 15 parlamentares do PDT, partido de oposição ao governo.

O Podemos, que na semana que vem filia o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que deixou o governo Bolsonaro após divergências com o presidente sobre a condução dos trabalhos da Polícia Federal, deu mais quatro votos para a aprovação da PEC.

Ao chegar à Câmara, Lira evitou cantar vitória, mas garantiu que a PEC seria pautada e submetida à votação. “De hoje não passa”, disse. “Minha obrigação é pautar. Ou ela será aprovada, ou não será.”

O primeiro requerimento do chamado kit obstrução da oposição mostrou que o cenário seria difícil para o governo, mas não impossível. O pedido para retirada de pauta da PEC foi rejeitado por 307 votos a 148. Esses requerimentos servem para que a minoria tente impedir ou atrasar a análise de propostas pelos deputados, mas também servem como um indicativo do que o governo pode esperar do placar da votação do texto final.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Bolsa Família: beneficiários com NIS final 3 recebem parcela de julho nesta terça-feira

Funsat

De motorista a vendedor, confira as vagas disponíveis na Funsat nesta terça-feira

Morte de baterista em acidente comove músicos em Mato Grosso do Sul

tempo

Tempo seco predomina em MS e máxima chega a 33°C nesta terça-feira

Notícias mais lidas agora

Ex-chefe de licitações do governo de Reinaldo pode ser condenado por rombo de R$ 6,3 milhões no HRMS

Conselhão Nacional inclui em pauta denúncia contra atuação do MPMS

carne frigorifico

Pecuaristas dos EUA aprovam suspensão total da importação da carne brasileira

Faxineira é ferida a tiros na perna por espingarda durante limpeza de casa em MS

Últimas Notícias

MidiaMAIS

Férias na Biblioteca: atividades gratuitas continuam nesta terça-feira

Projeto gratuito proporciona atividades lúdicas durante a semana para crianças e adolescentes que estão de férias

Esportes

Onde assistir: terça tem Brasil na Copa América Feminina e brasileiros na Sul-Americana

Vasco busca 'milagre' para reverter desvantagem; Bahia joga fora de casa

Polícia

Mulher é espancada e esfaqueada nas costas por marido ao negar sexo em MS

Homem quebrou vários objetos na casa

Famosos

Gominho quebra o silêncio após morte de Preta Gil: ‘Minha amiga descansou’

Gominho falou pela primeira vez a respeito da morte de Preta Gil; influenciador abandonou emprego para ajudar cantora na luta contra o câncer