Bolsonaro diz que Enem era ativismo político e comportamental
Bolsonaro afirmou que havia ‘temas esquisitos’ no passado e negou ter tido acesso às perguntas do exame
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar a formulação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nesta quarta-feira, dia 17, durante viagem a Doha, no Catar. Bolsonaro afirmou que havia “temas esquisitos” no passado e negou ter tido acesso às perguntas do exame a ser aplicado nos próximos dias em todo o Brasil.
“Olha o padrão do Enem do Brasil, pelo amor de Deus. Aquilo mede algum conhecimento ou é ativismo político e comportamental? Não precisa disso”, disse Bolsonaro, durante entrevista a jornalistas, depois de passear de moto com apoiadores no Catar. “Você gostava do sistema do passado, você tem família, filhos? Pelo amor de Deus, que temas esquisitos no passado, acaba com isso.”
Dias antes, o presidente havia afirmado que as perguntas do Enem terão “a cara do governo”, o que provocou forte reação política. Pelo menos 37 servidores ligados à formulação do exame pediram demissão às vésperas da aplicação, alegando interferência política do governo, mas o presidente sustenta que a debandada não afetará a programação do Enem.
O presidente também criticou a viagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela Europa, onde tem feito uma agenda própria pré-eleitoral e criticado o governo Bolsonaro. O petista foi aplaudido no Parlamento Europeu. “Ele tem que andar é pelo Brasil”, disse Bolsonaro.
Copa do Mundo
Bolsonaro e ministros reuniram-se com o emir do Catar, xeique Tamim bin Hamad al-Thani, para tratar de investimentos e negócios, principalmente na área de defesa e infraestrutura.
Eles visitaram o Estádio Lusail, que será a sede da partida final da Copa do Mundo Fifa 2022. Bolsonaro disse que o governo do Catar defende a alteração na periodicidade do torneio, bem como do Mundial de Clubes, e indicou que vai conversar sobre o tema com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A proposta catariana é realizar a cada dois anos a Copa do Mundo, em vez de a cada quatro, como ocorre atualmente, e que o Mundial de Clubes tenha 24 equipes, como planeja a Fifa.
“A CBF é que vai dar o norte de como proceder. Opinião minha como peladeiro: a Copa do Mundo de dois em dois é bem-vinda, ajuda no aspecto econômico. Sou apenas um torcedor, apaixonado por futebol, o que a CBF decidir estou com eles”, disse Bolsonaro.
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