Após derrota do voto impresso na Câmara, Bolsonaro diz que eleições de 2022 não serão confiáveis

No total, 218 parlamentares votaram a favor da PEC e outros 229 foram contrários

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou pela primeira vez, na manhã desta quarta-feira (11), após a derrota da PEC do voto impresso na Câmara dos Deputados. O capitão do Exército disse que a proposta só foi rejeitada no parlamento graças à ‘chantagem’ e ao ‘medo de retaliações’.

“Sinalizamos uma eleição, não que está dividida, mas de eleições onde não vão se confiar nos resultados das eleições. Perguntaria agora para aqueles que estão trabalhando por interesse pessoais se eles querem enfrentar umas eleições ano que vem com a mácula da desconfiança”, afirmou o presidente.

Mesmo com as acusações contrárias ao atual sistema eleitoral, Bolsonaro repetidas vezes reiterou que não possui nenhuma prova para os ataques realizados à urna eletrônica. “Em números redondos, 450 deputados votaram ontem, foi dividido. Então, é sinal que metade não acredita 100% da lisura dos trabalhos do TSE, não acredita que o resultado seja confiável. Dessa outra metade que votou contra, você tira PT, PC do B, PSOL, e para eles é melhor voto eletrônico como está aí”, disse Jair.

Para que a Câmara dos Deputados aprovasse a PEC do voto impresso, seriam necessários 308 votos favoráveis de 513 parlamentares. No total, 218 foram favoráveis e outros 229 foram contrários. Houve apenas uma abstenção.

“Desses outros que votaram contra, muita gente votou preocupado. Com problemas, essas pessoas resolveram votar com o ministro, presidente do TSE. Os que se abstiveram numa votação online, abstenção é muito difícil acontecer. Sinal que ficaram preocupados com retaliações”, finalizou o presidente da República.

Com informações: Jornal Meia Hora

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