Como ficaria
Uma dessas parcelas adicionais seria paga dentro do teto de gastos, com o espaço aberto por meio da aprovação da PEC dos precatórios, que vai limitar o pagamento de dívidas judiciais da União. Mas precisaria ser temporária, porque o governo não tem uma fonte de receitas para bancar um aumento permanente de despesa – a opção era a taxação de lucros e dividendos, mas a reforma do imposto de renda está parada no Senado.
A segunda parte viria por meio de outro repasse de R$ 100, em média, que seria paga a partir de dezembro e ficaria fora do teto de gastos. Essa parcela deve variar conforme a necessidade da família, sendo maior para quem estiver recebendo menos. Por isso, o valor exato para cada beneficiário pode ser menor ou maior que os R$ 100.
Os principais auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, tentam evitar que mais gastos escapem do limite de despesas. O clima na equipe econômica, porém, é de grande frustração diante do desfecho da negociação. O time de Guedes era contra qualquer gasto fora do teto.
Crítico dos auxílios temporários, o relator do Auxílio Brasil, deputado Marcelo Aro (PP-MG), disse que pediu à equipe econômica que ao menos uma pequena parte do aumento seja permanente, em forma de reajuste. O governo ficou de estudar a possibilidade.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.