Pular para o conteúdo
Brasil

Sem mostrar provas, Bolsonaro coloca em xeque apuração das eleições

Depois de poucos dos seus candidato apadrinhados terem tido sucesso nas eleições municipais, o presidente Jair Bolsonaro colocou em xeque, mais uma vez, a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro. Para apoiadores nesta segunda-feira, 16, o chefe do Executivo voltou a citar o uso do voto impresso ao justificar que é preciso um sistema que “não […]
Arquivo -

Depois de poucos dos seus candidato apadrinhados terem tido sucesso nas eleições municipais, o presidente Jair Bolsonaro colocou em xeque, mais uma vez, a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro. Para apoiadores nesta segunda-feira, 16, o chefe do Executivo voltou a citar o uso do voto impresso ao justificar que é preciso um sistema que “não deixe dúvidas” ou “margem para suposições”.

“Nós temos que ter um sistema de apuração que não deixe dúvidas. É só isso. Tem que ser confiável e rápido, não deixar margem para suposições”, disse. Na sequência, Bolsonaro mencionou desconhecer o uso do sistema eleitoral brasileiro, apurado por meio de urna eletrônica, em outros países no mundo.

“Tenho proposta, tive né. O Supremo (Tribunal Federal) disse que é inconstitucional o voto impresso. (Mas) tem proposta de emendar a Constituição na Câmara. Se não tivermos uma forma confiável de apurar as eleições a dúvida sempre vai permanecer e nós devemos atender a população”, disse.

O presidente disse que a demanda por mudanças no sistema eleitoral do País vem do “povo”. “Muita gente fala, alguns falam, sem ouvir o povo, sem sair de seus gabinetes. No meu caso, estou sempre ouvindo a população. Eles querem um sistema de apuração que possa demorar um pouco mais, não tem problema nenhum, mas que seja garantido que o voto que essa pessoa deu vá para aquela pessoa realmente de fato. É só isso”, declarou.

Lentidão

Nas eleições deste ano, houve lentidão na apuração de votos logo após o fim do pleito causada por um problema em processadores de um computador, segundo explicação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso. De acordo com o TSE, tradicionalmente a totalização de 100% dos votos só é concluída ao longo da segunda-feira seguinte à votação, com a contagem de votos de locais de difícil acesso.

Apesar da demora, Barroso afastou as suspeitas sobre a possibilidade de se fraudar os resultados. Segundo ele, não é possível que haja fraude porque os resultados em cada urna são impressos em um boletim, ao final da votação, afixados na seção eleitoral e distribuídos aos partidos.

Mais cedo, o vice-presidente Mourão, em mais um movimento contrário ao de Bolsonaro, havia comentado que o processo eleitoral brasileiro era “muito bom, sem dúvida nenhuma”. Na semana passada, Bolsonaro já havia dito, sem provas, que o sistema de votação no Brasil não era “sólido” e que era “passível de fraude”. Em declarações anteriores, Bolsonaro tem defendido a volta do voto impresso para o pleito de 2022.

Na conversa com apoiadores nesta segunda, Bolsonaro chegou a pedir desculpas por estar indisposto, após uma noite mal dormida, e se negou a gravar vídeos e mensagens com o grupo que o esperava em frente ao Palácio da Alvorada. “Peço, por favor, eu não quero gravar nada. Não estou passando bem hoje não, desculpa aí, fui dormir agora”, justificou. O presidente chegou ainda a responder um comentário de um apoiador que disse a região Norte “é muito sofrida”.

“Você fala região sofrida, mas o povo de lá escolhe o seu destino”, respondeu Bolsonaro. Em seguida, citou que e estão “decidindo seu destino”, assim como . Depois, Bolsonaro encerrou a conversa com a claque agradecendo e pedindo desculpas mais uma vez.

Os resultados de domingo mostraram que poucos candidatos apoiados pelo presidente foram eleitos ou chegaram ao segundo turno. Em São Paulo, Celso Russomanno, do Republicanos, ficou em quarto lugar e não chegou ao segundo turno. No Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, do Republicanos, teve Bolsonaro ao seu lado e está na do segundo turno.

Em Porto Alegre, apesar de não ter candidato, Bolsonaro tem criticado o apoio dado a Manuela D’Ávila, do PCdoB, que disputará o segundo turno. Conforme o Estadão/Broadcast mostrou, apenas sete dos 45 candidatos a vereador que apareceram no “horário eleitoral gratuito” nas redes sociais do presidente foram eleitos. Entre os prefeitos, além de Crivella, apenas outro nome apoiado por Bolsonaro passou para o segundo turno, o Capitão Wagner (PROS), em Fortaleza.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
escala

Hospital Universitário recebe nova segurança desarmada para vigilância de 24h

ccz movel

CCZ leva vacinação e exames gratuitos ao Coophavilla II nesta sexta-feira

dolar

Homem compra dois bilhetes de loteria premiados no mesmo dia e ganha mais de R$ 11 milhões

Último show de Preta Gil foi ao lado de Gilberto Gil, em São Paulo; veja imagens

Notícias mais lidas agora

Ex-chefe de licitações do governo de Reinaldo pode ser condenado por rombo de R$ 6,3 milhões no HRMS

Assassino que matou ex-amante da mulher no Coophavila estava foragido por tráfico

Carolina Dieckmann mostra últimos dias de Preta Gil: ‘Como você lutou…’

O despertar da leitura com meu Pai

Últimas Notícias

Polícia

VÍDEO: Homem ateia fogo em terreno abandonado no bairro Santo Antônio 

Moradores reclamam do acúmulo de entulho, ratos e escorpiões no terreno abandonado

Polícia

Família é feita refém e amarrada durante assalto por trio que leva SUV e R$ 60 mil

Durante assalto, criminosos falavam ao celular

Cotidiano

Abra as janelas: Fumacê passa por três bairros de Campo Grande nesta segunda-feira

Das 16h às 22h, as equipes intensificam a desinfecção nos bairros: Maria Aparecida Pedrossian, Tiradentes e Noroeste

Polícia

Jovens paraguaios afirmam que foram espancados por homens vestidos com uniforme da polícia

Caso aconteceu na região central de Pedro Juan Caballero