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Brasil

Se País levar quebra de contrato ao limite, haverá colapso, diz presidente do BC

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fez neste sábado (4) em live organizada pela XP Investimentos, uma defesa da manutenção dos contratos em vigor, para evitar efeitos negativos na economia. Segundo ele, se a quebra de contratos for levada ao limite, haverá um colapso na economia. O comentário de Campos Neto reforça a […]
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O presidente do , Roberto Campos Neto, fez neste sábado (4) em live organizada pela XP Investimentos, uma defesa da manutenção dos contratos em vigor, para evitar efeitos negativos na economia. Segundo ele, se a quebra de contratos for levada ao limite, haverá um colapso na economia.

O comentário de Campos Neto reforça a visão expressa também neste sábado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, durante videoconferência com representantes do setor de varejo no Brasil Tanto Guedes quanto Campos Neto temem que a quebra generalizada de contratos leve a um colapso da economia brasileira.

“Algumas empresas estão dizendo que, com a crise, não podem pagar o aluguel, não podem pagar contratos. Nós queremos colocar dinheiro na mão das pessoas para elas honrarem os contratos”, disse Campos Neto. “Se entrarem em quebra de contratos, isso vai ser muito danoso.”

Campos Neto afirmou ainda que o Brasil não está tomando medidas com atraso. “Há muitas de que está atrasado. O Brasil não está atrasado”, disse o presidente do BC. “Se vocês olharem outros países, o Brasil não está atrasado em medidas.”

Ele também falou que a pandemia é um “momento de guerra”. Segundo ele, é preciso ter união neste momento, para enfrentar o “inimigo comum, que é invisível”. Para isso, conforme Campos Neto, é preciso ter coordenação. “Gera muito ruído essa falta de coordenação entre Estados e municípios. É preciso ter união”, disse o presidente do BC.

Data para fim de isolamento

O presidente do Banco Central afirmou que a estratégia de alguns países, de estabelecer uma data para a saída do isolamento provocado pela pandemia do novo , perdeu um pouco do impacto. Isso ocorreu, segundo ele, porque esses países tiveram que alterar as datas anunciadas anteriormente, aumentando o período previsto para a quarentena.

“Há algum tempo conversamos sobre expectativas. Discutimos primeiro sobre o desempenho econômico e o tipo de quarentena que você queria ter. Isso não cabe ao BC. E (discutimos) se você deveria ter uma data”, afirmou Campos Neto. “É melhor ter uma data do que não ter. O que tem acontecido em alguns países é que eles dão uma data e depois precisam ampliar”, acrescentou.

Feriados

Campos Neto também foi questionado a respeito da medida, anunciada neste sábado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que prevê a antecipação dos feriados do ano de 2020 para o período de quarentena. Isso será feito para permitir que, após o período de isolamento, o comércio e a indústria não sejam interrompidos por conta de feriados no restante do ano.

“No caso do feriado bancário, tem que pensar como vai ser o cálculo de juros, os efeitos nos mercados”, disse Campos Neto. “É uma medida que fiquei sabendo há pouco tempo”, acrescentou, sem indicar como ficará a questão para o setor bancário.

Reservas

O presidente do Banco Central afirmou discordar das críticas á autoridade monetária sobre as atuações no câmbio. Ele disse ter recebido diferentes propostas para um programa, mas que o BC entende que é importante agir “controlando a liquidez, pois o câmbio é flutuante”. “Vamos vender câmbio quando entendermos que Brasil está se descolando. Se houver disfuncionalidade, aí sim podemos vender muito mais (reservas)”, disse.

Ele lembrou que as reservas brasileiras equivalem a quase 20% do PIB e que se trata de um seguro importante, que tem sido usado para evitar solavancos. Ele lembrou que a moeda brasileira está alinhada ao movimento global das divisas emergentes e disse que o real chegou a ter o pior desempenho entre as pares, mas que isso não ocorre mais.

Por fim, ao ser questionado sobre pontos relacionados a medidas de saúde e isolamento, recomendou a todos que ouçam o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e os técnicos da pasta, “que têm feito bom trabalho”.

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