Pular para o conteúdo
Brasil

Rombo em 2020 pode ser de R$ 895,8 bilhões, diz secretário de Fazenda

As contas públicas em 2020 devem somar um déficit de R$ 895,8 bilhões. A estimativa é do secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Junior, feita nesta segunda-feira (28) durante a audiência pública mensal de balanço das ações governamentais na pandemia, na comissão de acompanhamento dos gastos com a covid-19. As contas […]
Arquivo -

As contas públicas em 2020 devem somar um déficit de R$ 895,8 bilhões. A estimativa é do secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Junior, feita nesta segunda-feira (28) durante a audiência pública mensal de balanço das ações governamentais na , na comissão de acompanhamento dos gastos com a covid-19. As contas do setor público consolidado englobam o governo, os estados, os municípios e as empresas estatais.

Segundo Waldery, essa cifra representa 12,5% do produto interno bruto (PIB) brasileiro, o pior resultado dos últimos anos. No entanto, ele defendeu que são gastos justificáveis na pandemia mais séria e mais grave do último século.

— É um número muito elevado, mas é justificado, trabalhamos com ele contido em 2020. E, para efeitos comparativos, o resultado primário do setor público consolidado mais grave que tivemos foi, no comecinho de 2016, da ordem de 2,6% do PIB. Agora, subirá para 12,5% do PIB, o que mostra não só a severidade dessa crise, mas também a celeridade, a ação pronta do governo, buscando transparência, conservadorismo e eficácia — afirmou.

A estimativa é de que as contas do governo registrem um deficit primário de R$ 871 bilhões, estados e municípios, de R$ 23,6 bilhões, e as estatais devem ter um resultado negativo de R$ 1,2 bilhão este ano. Também se prevê o PIB em queda, de 4,7%.

Gastos

Segundo Waldery, os gastos adicionais do governo para lutar contra a crise sanitária e econômica causada pelo novo somam R$ 607,2 bilhões, sendo R$ 20,6 bilhões (3%) originários de renúncia de receita, com redução de impostos como o de importação e o de operações financeiras. E R$ 586,6% (97%), de despesas, como o auxílio emergencial, que custou R$ 321,8 bilhões, e outras 24 medidas como o Beneficio Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (Bem) e o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

Ainda existem outras medidas já em curso, mas que não têm dotação orçamentária, como os R$ 2,5 bilhões a ser destinados para o Acesso Global das Vacinas.

Pelos cálculos da equipe econômica, isso representa 8,4% do PIB de esforço extra. Numa comparação internacional, o Brasil gastou mais do que a média dos países avançados, que foi de 7,1%, e quase o dobro dos países em desenvolvimento, cuja média foi de 4,3% do PIB.

— Estamos à frente da média, tanto do mundo avançado quanto dos emergentes, mas isso é feito de maneira contida em 2020, é assim que trabalhamos, e zelando para que não haja forte endividamento ou haja o menor endividamento possível para que não sobrecaia ônus ou sobrecaia o menor ônus possível sobre as gerações futuras — salientou.

Reformas

Waldery Rodrigues frisou, durante a apresentação inicial, que o governo buscou, com conservadorismo, transparência nos gastos, zelo com a coisa pública e atendimento às regras fiscais, em particular o teto de gastos, a manutenção do emprego e da renda e a proteção aos mais vulneráveis. Mas o secretário fez um apelo ao Congresso para o futuro:

— A continuidade das reformas é o caminho imprescindível para termos equilíbrio fiscal em toda a Federação brasileira, não somente a União, mas também estados e municípios.

Ele mencionou que a agenda de reformas estruturais é imprescindível e importantíssima principalmente para o pós-covid, e citou algumas medidas cuja aprovação pelo Congresso considera essenciais: a continuidade dos programas de concessão e privatização; revisão do pacto federativo; liberalização comercial; redução de subsídios; reformas administrativa e tributária; novo marco legal do trabalho; marcos legais que deverão facilitar o investimento público, como o da cabotagem, novo mercado de gás; e a Lei de Falências e Recuperação Judicial; e a autonomia do .

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
funtrab

Empresas iniciam semana com oferta de 668 vagas de emprego em Campo Grande

Mulher morre presa às ferragens em acidente envolvendo carretas na BR-158

‘Família’ de capivaras mortas por atropelamento chocam motoristas na BR-267

Ucrania

Marco Rubio e ministro francês discutem Gaza, Ucrânia e programa nuclear do Irã

Notícias mais lidas agora

No pantanal das onças grito de socorro

No Pantanal das onças, de quem é o grito de socorro que ninguém está ouvindo?

procurador-geral supremo stf

STF diz que é ilegal, mas Papy mantém em procurador-geral comissionado na Câmara

feminicídio corumbá

Mulher morre após ser incendiada em Corumbá e MS soma 15 vítimas de feminicídio em 2025

ministério

Caem para 7 os possíveis casos de gripe aviária investigados pelo Ministério da Agricultura

Últimas Notícias

Trânsito

Motociclista é levado em estado grave para a Santa Casa após acidente na Avenida Tamandaré

A dinâmica do acidente ainda será investigada

Cotidiano

Retirada de fórmulas infantis mudará de local em Três Lagoas na próxima semana

Medida passa a valer a partir da próxima segunda-feira (9)

Emprego e Concurso

De faturista a mecânico, Funsat oferta 1,7 mil vagas de emprego na próxima semana

Candidatos de diferentes perfis e habilidades podem concorrer às oportunidades em 143 funções

Cotidiano

Incêndio assusta segurança de empresa no Indubrasil

Chamas invadiram espaço próximo ao estabelecimento