A que teve origem no e ameaça lavouras da Argentina e do Brasil não é um risco para a saúde de humanos, de acordo com autoridades argentinas. A praga preocupa pesquisadores e autoridades brasileiras por ser ainda pouco conhecida e pouco recorrente no país.

De acordo com relatório do Ministério da da Argentina, a espécie de gafanhoto que avança pela América do Sul é chamada Schistocerca cancellata e causou danos severos à produção agrícola do país na década de 60.

“Esta espécie causa danos em todas as suas fases de crescimento, possui um aparelho típico de boca para mastigar e ataca a parte aérea dos vegetais silvestres e cultivados”, dizem os especialistas argentinos, reforçando que o inseto não traz risco algum aos humanos nem é vetor de doenças.

Mato Grosso do Sul

Apesar de autoridades agrícolas do Estado terem sido alertadas pelo governo paraguaio, na manhã dessa quarta-feira (24), sobre a possibilidade da chegada da praga, a nuvem parece estar se deslocando para o Sul do país e se afastando das plantações sul-mato-grossenses. Ainda de acordo com o monitoramento dos argentinos, os insetos se dirigem ao Uruguai.

Especialistas ouvidos pelo Jornal Midiamax afirmaram que, por conta do Pantanal, o Estado possui uma barreira contra esse tipo de praga, uma vez que muitas aves do bioma são predadores naturais do inseto.

‘Emergência fitossanitária'

Mais cedo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento declarou estado de emergência fitossanitária no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina devido ao risco de surto da praga em áreas produtoras dos dois estados.

A medida tem por objetivo permitir a implementação de plano de supressão da praga e adoção de medidas emergenciais. De acordo com o ministério, a emergência fitossanitária é por um prazo de 1 ano.

A nuvem de gafanhotos está a cerca de 250 quilômetros da fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina.