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Brasil

‘Nosso silêncio foi o que mais irritou’, diz enfermeira sobre agressão

Enfermeiras que participaram do ato simbólico em homenagem às vítimas da Covid-19 no Dia do Trabalhador comentaram, em live neste domingo (03), sobre as agressões sofridas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL). As cinco enfermeiras participantes explicaram que o movimento não tinha teor político e que que não esperavam pelo confronto, publicou o site […]
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Enfermeiras que participaram do ato simbólico em homenagem às vítimas da no comentaram, em live neste domingo (03), sobre as agressões sofridas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL). As cinco enfermeiras participantes explicaram que o movimento não tinha teor político e que que não esperavam pelo confronto, publicou o site Correio Braziliense.

A transmissão ao vivo foi realizado pelo canal Resistência Feminina no e durou cerca de uma hora. Cada participante falou sobre os sentimento vividos no dia. De acordo com a organizadora do ato, Ana Catarine Rocha, o motivo da manifestação era homenagear os profissionais de saúde que morreram vítimas de Covid-19 e quem está lutando pela vida das pessoas, na linha de frente.

“Assim que chegamos, começamos a sofrer agressões verbais. Não sei como eles interpretaram que era um movimento político, pois ficamos ali em silêncio e não reagimos a nenhuma provocação”, disse. “Nosso silêncio foi o que mais irritou e os deixou mais exaltados”, acrescenta.

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No momento em que a enfermeira viu os manifestantes se aproximaram da colega de profissão para ofendê-la, Ana Catarine foi para a frente dela, mas permaneceu em silêncio. “Não foi porque eu travei ou porque eu não sabia reagir. Foi porque mantive a calma e porque sabia que partir para agressão física seria me igualar ao nível deles, seria a gente diminuir o ato e resumir tudo a uma briga”, explicou a enfermeira.

Ela contou que o homem contra a manifestação chegou a esbarrar na cabeça dela. “Mas uma coisa que mais assustou e que não apareceu nas câmeras foram os olhares agressivos e cheios de raiva”, relatou.

A enfermeira que Ana Catarine defendeu também deixou o relato durante a live. “Não foi fácil, fiquei muito assustada, tive muito medo. Foi muito difícil ficar quieta com as atrocidades que aquele homem e aquela mulher diziam para mim”, declarou Bárbara. Para a carioca, o fato de ela estar filmando a abordagem foi um dos motivos para ela ter sido o foco das agressões. “Não sei o que aconteceu, mas eles vieram para cima de mim. Foi difícil manter a calma”, relembra. Para a profissional, porém, o ato fortaleceu a busca pela valorização da profissão.

A enfermeira Marcela Vilarim foi surpreendida pela hostilidade dos apoiadores do presidente. “Quando chegamos à praça eu achei que o pessoal que estava lá não iria mexer com a gente, que teriam respeito por sermos da área da saúde e porque não estávamos levantando nenhuma bandeira política”, conta. “Sofremos violência do início ao fim, mas a física aconteceu apenas naquele momento que ficou registrado na mídia. Uma das manifestantes foi quem chamou a polícia e só a partir disso que conseguimos fazer com que o pessoal se afastasse”, relembra. (Informações do Correio Braziliense)

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