Manifestantes tomam a frente do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), no , para protestar contra o aborto que uma menina de 10 anos, vítima de , fará no local.

De um lado, defensores do direito de a menina realizar o aborto pela idade e pela violência sofrida. Do outro, um grupo comandado por vereadores e deputados da linha conservadora da política – muitos deles ligados à igreja evangélica, outros à católica -, totalmente contrários ao procedimento.

O crime aconteceu na cidade de São Mateus, no Norte do Espírito Santo, a 215 quilômetros de Vitória, capital do Estado. Apesar de a legislação prever a interrupção da gravidez em caso de violência sexual, a menina teria tido o atendimento negado na unidade de referência do Estado onde mora e, por isso, precisou ir a para realizar a interrupção da gravidez.

A Justiça capixaba autorizou o procedimento na sexta-feira (14) e a criança foi transferida para Pernambuco.

Caso

O caso foi descoberto quando a menina deu entrada no dia 8 no Hospital Estadual Roberto Silvares, em São Mateus, com sinais de gravidez. A garota estava se sentindo mal e a equipe médica desconfiou da barriga “crescida” da menina. Ao realizar exames, os enfermeiros descobriram que ela estava grávida de três meses. Em conversa com e com a tia, a criança confessou que o tio a estuprava desde os seis anos e que nunca contou aos familiares porque era ameaçada. O homem fugiu depois que a gravidez foi descoberta.