Meteorito vira disputa entre pesquisadores e colecionadores após cair no sertão de Pernambuco
Após chuva de pedras em Santa Filomena, sertão de Pernambuco, moradores da cidade assistem a uma verdadeira corrida por meteoritos. Pesquisadores e colecionadores das pedras vasculham terreno e mata em busca de “tesouro”, que pode chegar a R$ 120 mil. Negociação é feita “na base da conversa”, pois não existem leis específicas no Brasil sobre […]
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Após chuva de pedras em Santa Filomena, sertão de Pernambuco, moradores da cidade assistem a uma verdadeira corrida por meteoritos. Pesquisadores e colecionadores das pedras vasculham terreno e mata em busca de “tesouro”, que pode chegar a R$ 120 mil. Negociação é feita “na base da conversa”, pois não existem leis específicas no Brasil sobre posse de meteoritos.
A única pousada da cidade, que fica junto a um posto de gasolina, virou um centro comercial. Os primeiros cientistas a chegarem foram da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). “O foco é encontrar as pedras de mais de 4,6 bilhões de anos, formadas antes do planeta Terra existir”, explicou a pesquisadora do Museu Nacional da UFRJ. Maria Elizabeth Zucolotto.
As pesquisadoras, todas mulheres, tentam negociar pedras maiores com moradores locais. A única “conquista” até agora foi uma de 14 gramas por R$300. O meteorito mais cobiçado pesa 38,2kg e o morador que encontrou afirma ter recebido a proposta de R$ 120 mil de um americano.
Além das pesquisadoras, colecionadores particulares, inclusive de outros países, estão em Santa Filomena com objetivos particulares de adquirirem as peças, e se aproveitam do baixo conhecimento científico dos moradores locais e da economia da cidade baseada na agricultura, para negociarem. Enquanto isso, pesquisadores pernambucanos lutam para conseguir que parte dos meteoritos fiquem na região, para preservar o valor histórico e turístico da chuva.
No Brasil, não existe uma legislação específica para a posse de um meteorito, nem regulamentação sobre seu comércio. Em Santa Filomena, os que caíram em locais públicos, como a Praça da Matriz, ficaram com quem achou primeiro. Os que foram achados perto ou dentro de residências, com os proprietários.
(Com informações do portal de notícia G1)
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