O ministro da Saúde – o sul-mato-grossense Luiz Henrique Mandetta (DEM) -, afirmou em uma coletiva de imprensa, nesta tarde (28), que vai permanecer no cargo até quando presidente Jair Bolsonaro (sem partido) permitir. Ele garantiu que a equipe ministerial não muda e vai agregar novos elementos para combater a pandemia do coronavírus.
A pasta comandada por Mandetta distribuiu hoje uma série de recomendações aos Estados, propondo o fechamento de escolas e universidades em abril, além do isolamento de idosos do convívio social por três meses. As informações são da Folha de S. Paulo. A reportagem acrescenta que, na proposta, a equipe de saúde do governo dispõe de recomendações para o comércio, como a redução da capacidade instalada em 50%.
As orientações de Mandetta divergem da retórica do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que defende o isolamento apenas de idosos e o fim da quarentena. Ainda de acordo com a Folha, Bolsonaro disse querer o comércio aberto em abril, em uma reunião com ministros nesta manhã.
Mais cedo, a Justiça do Rio ordenou a suspensão da campanha de Bolsonaro de que “o Brasil não pode parar”. Além disso, a Justiça suspendeu trechos do decreto presidencial que previa atividades religiosas como serviços essenciais, além da abertura de casas lotéricas.
As divergências entre o que recomenda Mandetta e a campanha de Bolsonaro contra o isolamento foram motivo de especulação sobre um possível desligamento do ministro.