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Brasil

Juros curtos ficam de lado e longos fecham em alta, com risco fiscal

Na contramão do bom humor generalizado nos mercados nesta terça-feira (11) os juros oscilaram entre a estabilidade nos vencimentos de curto e médio prazos e alta no trecho longo, sem que a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) pudesse dar um norte claro para a curva. O documento pouco agregou ao cenário de apostas […]
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Na contramão do bom humor generalizado nos mercados nesta terça-feira (11) os juros oscilaram entre a estabilidade nos vencimentos de curto e médio prazos e alta no trecho longo, sem que a ata do (Comitê de Política Monetária) pudesse dar um norte claro para a curva. O documento pouco agregou ao cenário de apostas para a Selic, com a precificação ainda apontando cerca de 80% de chance de manutenção para setembro. O único consenso é o de que a taxa básica não deve subir tão cedo, mas nem por isso uma nova flexibilização já estaria contratada, com os diretores destacando o risco de “reduções adicionais” trazerem maior instabilidade aos preços dos ativos. A questão fiscal, endossada pela ata também como condição importante a ser observada para o futuro da política monetária, continuou pesando na ponta longa e inclinando a curva, com os agentes na expectativa pela reunião entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, no fim da tarde para discutir a agenda econômica.

A taxa do contato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou em 1,870%, de 1,875% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2022 passou de 2,692% para 2,68%. A taxa do DI para janeiro de 2025 subiu de 5,483% para 5,56% e a do DI para janeiro de 2027, de 6,443% para 6,54%.

Segundo o gerente da Mesa de Reais da CM Capital, Jefferson Lima, a ata fez preço no começo da sessão, pela confirmação de que a Selic deve seguir em níveis baixos por um período prolongado, mas durante o dia surgiram várias leituras do documento, o que limitou essa reação inicialmente positiva. “O mercado passou o dia tentando interpretar a ata”, disse.

Na avaliação do economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, a ata foi “confusa” e não conseguiu ditar a dinâmica da curva, que, na dúvida, segue respondendo mais à questão fiscal, apesar de hoje o apetite ao risco no exterior estar favorecendo ações e moedas emergentes. “A ata é dúbia. Parece que o BC quis fazer um hedge, abrindo cenários alternativos para não fechar totalmente a porta para os cortes”, disse.

Parte do mercado passou a trabalhar com a ideia de que o BC pode fazer uma pausa nos cortes em setembro e, a depender do quadro fiscal, retomar a queda da Selic no encontro seguinte, depois que a ata citou que “novas reduções de juros demandariam maior clareza sobre a atividade e inflação prospectivas e poderiam ser temporalmente espaçadas”.

O BofA (Bank of America), que esperava Selic estável, alterou a projeção, passando a prever corte para 1,75% em outubro, com pausa em setembro para monitorar os riscos fiscais. “A ata trouxe um tom mais ‘dovish’ do que o comunicado, esclarecendo que, no evento de mais cortes, eles seriam espaçados. Também esclareceu que a assimetria de riscos vem do fiscal, mas notou que, apesar disso, a inflação permanece abaixo da meta”, diz o banco, em relatório.

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