A comissão externa da Câmara dos Deputados que analisa as queimadas em biomas brasileiros quer a imediata do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para explicar o que o governo federal está fazendo para combater os incêndios no Pantanal. Os integrantes do colegiado disseram nesta quinta-feira (24) que já têm as assinaturas exigidas para a convocação e vão pedir ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que o requerimento seja aprovado o mais rapidamente possível em Plenário.

Desde que participaram da comitiva que foi ao Pantanal no último fim de semana para ver as consequências das queimadas, parlamentares têm acusado o Poder Executivo de atraso nas ações contra os incêndios e alertam que há pouca gente e equipamentos para o trabalho.

A comissão também quer convocar o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, para dar explicações sobre falas dele. Em uma rede social, ele acusou a Associação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) de relacionar crimes ambientais à Presidência da República e de publicar contra o País.

A coordenadora da comissão externa, deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), criticou o discurso de Jair Bolsonaro na Assembleia-Geral da Organização da Nações Unidas. “As imagens de satélite da estão mostrando as minúcias de onde começaram as queimadas, mas o presidente da República vai à dizer que os indígenas e os caboclos estão ateando fogo”, declarou. “Isso é uma agressão ao nosso país, e nós temos que, com muita altivez, cobrar respostas.”

Além das convocações, o grupo pretende enviar requerimentos com pedidos de informações à Presidência da República e aos ministérios da Defesa; e do Meio Ambiente, entre outros órgãos do governo.

Audiências públicas

No plano de trabalho divulgado hoje, a comissão informou que estão planejadas seis audiências públicas para discutir a situação do Pantanal. Um dos encontros reunirá cientistas e pesquisadores das universidades públicas do Mato Grosso e do . Devem participar de outros debates representantes de comunidades tradicionais, do turismo e do setor agropecuário. (Informações da Agência Câmara)