O número de pessoas fora do – jovens ou que não apresentavam doenças crônicas preexistentes – que morreram por coronavírus no Brasil aumentou consideravelmente nas últimas duas semanas. De acordo com dados do Ministério do Trabalho, a proporção de mortos com menos de 60 anos saiu de 11% no dia 27 de março e chegou a 25% no sábado (11). Os mortos que não apresentavam doenças preexistentes (comorbidades) saíram de 15% do total para 26%. Os dados reforçam a tese de profissionais da saúde de que um isolamento vertical – só de idosos, por exemplo – não é eficaz para conter o avanço da epidemia, como sugere o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Com esses dados o país traça um padrão diferente de nações como a , um dos mais atingidos da Europa, com cerca de 169 mil infectados. No Brasil, a proporção de pessoas abaixo dos 60 anos de que morreram pela Covid-19 é mais de cinco vezes maior que a registrada na Espanha (4,6%).

Segundo boletim divulgado nesse domingo (12) pelo , o número de pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus no Brasil subiu para 22.169. Foram registrados até ontem 1.223 óbitos. O balanço de sábado contabilizava 20.727 contaminações e 1.124 mortes.

No Mato Grosso do Sul, a maioria dos 101 pacientes contaminados pelo novo coronavírus possui idade entre 30 e 49 anos. É o que aponta o divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) no domingo, na transmissão diária feita pelo Governo do Estado.

No perfil dos pacientes, 51,5% possuem  essa faixa etária – sendo 29,7% com idades entre 30 e 39 anos e outros 21,8% de 40 a 49 anos. A terceira maior faixa de contaminação está no acima de 60 anos, que em MS abrange 16,8% dos contaminados.

Na sequência estão pessoas de 20 a 29 anos (15,8%), seguidas de 50 a 59 anos (11,9%), de 10 a 19 anos (3%) e de zero a 9 anos (1%). Entre as mulheres a taxa de contaminação também é maior, correspondendo a 55% entre todos os casos confirmados até o momento.