Conselho julga Deltan da Lava Jato por PowerPoint contra Lula na terça
O Conselho Nacional do Ministério Público vai julgar, na próxima terça-feira, 7, a representação do ex-presidente Lula contra o procurador Deltan Dallagnol e outros membros da força-tarefa da Lava Jato de Curitiba por abuso de poder em entrevista coletiva concedida em setembro de 2016. Na ocasião, Deltan usou uma apresentação em PowerPoint para destacar imagens […]
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O Conselho Nacional do Ministério Público vai julgar, na próxima terça-feira, 7, a representação do ex-presidente Lula contra o procurador Deltan Dallagnol e outros membros da força-tarefa da Lava Jato de Curitiba por abuso de poder em entrevista coletiva concedida em setembro de 2016.
Na ocasião, Deltan usou uma apresentação em PowerPoint para destacar imagens e gráficos que apontavam Lula como o centro de uma organização criminosa que promoveu desvios de recursos públicos na Petrobrás.
O advogado Cristiano Zanin, que representa o petista, argumenta que os procuradores ‘extrapolaram suas atribuições’ uma vez que a acusação não faria parte da denúncia do triplex, objeto da coletiva. Na representação, a defesa de Lula diz ainda que o objetivo da apresentação foi ‘promover julgamento midiático’ do ex-presidente.
A denúncia de organização criminosa contra Lula foi apresentada posteriormente pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, à Justiça Federal. O ex-presidente foi absolvido no final do ano passado pela 12ª Vara Federal de Brasília no caso que ficou conhecido como ‘quadrilhão do PT’.
O Conselho Nacional do Ministério Público, que fiscaliza a atuação de procuradores e promotores, é presidido pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. O momento é adverso para a força-tarefa, que está em conflito público com a PGR desde que acionou a corregedoria do Ministério Público Federal contra a subprocuradora Lindôra Araújo, nome de confiança de Aras, depois que ela esteve em Curitiba para acessar o ‘banco de dados’ das investigações do escândalo Petrobrás, que originou a Lava Jato, em 2014.
A viagem da subprocuradora foi feita após Aras despachar ofícios aos procuradores cobrando informações sigilosas da operação, como mídias obtidas em quebras de sigilo e relatórios financeiros.
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