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Brasil

Com ata do Fed e pressão sobre real, Bolsa fecha em baixa de 1,19%

Em dia de depreciação mais aguda para o real, o Ibovespa mostrava resiliência, em ajuste moderado ao longo da maior parte da sessão, vindo de recuperação no dia anterior, então na casa dos 102 mil pontos. No meio da tarde, contudo, o evento mais aguardado do dia – a divulgação da ata da mais recente […]
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Em dia de depreciação mais aguda para o real, o mostrava resiliência, em ajuste moderado ao longo da maior parte da sessão, vindo de recuperação no dia anterior, então na casa dos 102 mil pontos. No meio da tarde, contudo, o evento mais aguardado do dia – a divulgação da ata da mais recente reunião do Federal Reserve – colocou pressão no índice da B3, levando-o aos 100.800,41 pontos na mínima da sessão, saindo de máxima a 102.333,79, pela manhã, com abertura aos 102.072,16 pontos. Ao final, o Ibovespa mostrava perda de 1,19%, aos 100.853,72 pontos, com giro financeiro a R$ 28,1 bilhões. Na semana, cede agora 0,49%, com perdas no mês a 2,00% e, em 2020, a 12,79%.

A ata do Fed mostrou cautela quanto à recuperação em curso no mercado de trabalho dos EUA, e assinalou que alguns formuladores da política monetária americana veem risco de que a inflação permaneça abaixo da meta oficial, de 2% ao ano, no longo prazo. “Ao se referir a emprego e inflação, a ata do Fed reflete a severidade do momento. Há ainda grande confiança, de quão rapidamente a economia se reergueu com os estímulos fiscais, mas se nota também um tom de cautela, especialmente quanto aos desdobramentos da crise no sistema financeiro, quanto ao crédito, e também ao elevado nível de emissões pelo Tesouro. Já se passou pelo pior da crise, mas não ainda por tudo”, observa Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.

No momento em que o Ibovespa tocava as mínimas do dia, com Nova York cedendo terreno ante a cautela do Fed, o dólar spot atingia as máximas, negociado a R$ 5,5380 no pico do dia, com mínima a R$ 5,4354 e fechamento a R$ 5,5302 (+1,16%), o que contribuiu para que ações de exportadoras como Marfrig (+5,97%) e JBS (+3,14%) encerrassem a sessão entre as vencedoras desta quarta-feira. Na ponta oposta do Ibovespa, Cogna cedeu 5,46%, Sabesp, 5,04%, e IRB, 4,77%. O desempenho foi moderado, em direção única entre as ações de commodities (Petrobras PN -0,56%, ON -0,42% e Vale ON -1,06%), assim como para as de bancos (Santander -0,50% e BB ON -0,46%).

A ata do Fed trouxe relatos de dirigentes sobre riscos de insolvência entre empresas e também para a estabilidade financeira. “Vários dirigentes comentaram sobre vários riscos potenciais para a estabilidade financeira. Bancos e outras instituições financeiras podem sofrer estresse significativo, principalmente se ocorrer um dos cenários mais adversos de disseminação do coronavírus e seus efeitos na atividade econômica”, alertou a ata. “As empresas não financeiras carregaram altos níveis de endividamento durante a pandemia, aumentando seu risco de insolvência”, acrescenta o texto.

Para Marcio Gomes, analista da Necton, aos 100 mil pontos, o Ibovespa está na linha divisória entre compra e venda, a depender de drivers que o induzam para cima ou para baixo – e, ante as incertezas que prevalecem no quadro mais amplo, o que deve dar o tom é a volatilidade. “Nossos problemas aqui são mais sérios. O fluxo de capital estrangeiro segue muito negativo no ano – incluindo IPO e follow on, está acima de R$ 70 bilhões”, diz. “Para o Ibovespa andar mais, precisará contar com as ações de bancos, segmento ainda muito enfraquecido pelo risco de mais tributação e pelo aumento de provisões contra inadimplência – ou seja, o cenário para o setor continua negativo”, acrescenta.

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