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Brasil

Após ameaçar STF, Bolsonaro tem semana de derrotas

Depois de intensificar a artilharia contra o Supremo Tribunal Federal, ameaçar não obedecer a decisões judiciais e falar na imposição de um “limite”, o presidente Jair Bolsonaro viu nos últimos dias uma série de determinações da Justiça que miraram apoiadores, parlamentares, empresários e até mesmo o seu núcleo mais próximo. A “semana dos infernos”, como […]
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Depois de intensificar a artilharia contra o Supremo Tribunal Federal, ameaçar não obedecer a decisões judiciais e falar na imposição de um “limite”, o presidente Jair Bolsonaro viu nos últimos dias uma série de determinações da Justiça que miraram apoiadores, parlamentares, empresários e até mesmo o seu núcleo mais próximo.

A “semana dos infernos”, como está sendo chamada no Planalto, começou com a prisão de extremistas do grupo “300 do Brasil”, avançou com a quebra do sigilo bancário de dez deputados e um senador bolsonaristas, prosseguiu com o aval do Supremo ao inquérito das fake news e culminou com a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Queiroz foi detido em um imóvel em Atibaia (SP) de Frederick Wassef, do senador Flávio.

Na quarta-feira passada, Bolsonaro citou o “povo” como escudo para blindar o seu governo, mas depois subiu o tom e comparou o que vem pela frente a uma “emboscada”. A verdadeira “emboscada”, avaliaram magistrados ouvidos pela reportagem, pode ser a prisão de Queiroz, cujo desdobramento é considerado imprevisível. Uma das especulações nos bastidores é se o ex-assessor poderia aceitar um acordo de colaboração premiada. Um ministro, no entanto, afirmou que a prática de “rachadinha” (recolhimento de parte do salário de assessores para devolvê-la ao político responsável pelo gabinete) é relativamente comum nas Casas legislativas, mas, mesmo assim, aposta que o episódio tem potencial para aprofundar o desgaste do clã Bolsonaro.

As relações entre o Supremo e o Palácio do Planalto se deterioraram após o tribunal impor uma série de reveses ao governo, como a suspensão da nomeação de Alexandre Ramagem – amigo da família Bolsonaro – para a direção-geral da Polícia Federal e o entendimento do plenário da Corte que garantiu a prefeitos e governadores de todo o País autonomia para tomar medidas de isolamento social no enfrentamento da do novo coronavírus.

Supremo

Uma das últimas pontes que restam do Palácio do Planalto com o STF é o ministro Dias Toffoli, presidente da Corte. Segundo o Estadão apurou, no entanto, Toffoli ficou incomodado com a falta de uma nota oficial de Bolsonaro em repúdio à escalada de manifestações contra o tribunal, como os fogos de artifício disparados em direção à sede do STF e as tochas carregadas na Praça dos Três Poderes pelo grupo bolsonarista 300 do Brasil, liderado pela extremista Sara Giromini. Sara foi presa por decisão do ministro .

Enquanto Bolsonaro se silenciava sobre o assunto, a página oficial do Supremo divulgava uma mensagem dos ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer rechaçando os ataques e prestando solidariedade ao tribunal.

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