OGlobo
A Alegria da Zona Sul, segunda escola a pisar na Marquês de Sapucaí nesta sexta-feira, tem a dura missão de superar um ano de dificuldades extremas. A agremiação perdeu o barracão no ano passado quando foi desalojada de um terreno na região portuária, antes mesmo do início da preparação e precisou construir suas alegorias em um terreno aberto na Avenida Brasil, ao lado da antiga fábrica Sabão Português. A escola tem como enredo “Saravá, Umbanda”.
– Diante de tudo que a Alegria passou, estar aqui já é uma vitória, afirma Diego Araújo, enredista da escola da Zona Sul, responsável pelo desenvolvimento do enredo da agremiação.
A escola desfilou sob chuva fina, mas persistente. Na apresentação aos jurados, os integrantes da bateria fantasiados de pretos velhos reproduziram os movimentos da entidade. Entretanto, falhas no som da avenida prejudicaram a apresentação.
O carnavalesco Marco Antônio Falleiros também destacou o clima de superação na escola:
– Foi o ano mais difícil da minha carreira. Estou na Alegria há 4 anos. Tive um mês para fazer esse carnaval. Série A sempre foi difícil, mas esse foi mais complicado. Ficamos sem verba. Não saiu nada até agora. Entrou dinheiro nenhum da prefeitura ainda – lamentou ele, que também enfrentou a chuva durante a concentração da escola.
Entre os destaques da escola no desfile, está a bateria, que representa pretos velhos. Já a comissão de frente é uma sessão de umbanda.
– Os umbandistas são humildes. Alegria está buscando ser gigante mesmo na humildade dela. É o carnaval mais emocionante da minha vida – diz Araújo.