Já o ex-ministro Moreira Franco (Minas e Energia) não escolheu o silêncio como estratégia de defesa. Ele respondeu às perguntas da PF e, segundo seu advogado, Antonio Sérgio de Moraes Pitombo, “evidenciou ponto a ponto como as conjecturas são absurdas”.
A investigação que levou Temer à prisão preventiva mira supostas propinas de R$ 1 milhão da Engevix. Também foram detidos preventivamente o ex-ministro Moreira Franco (MDB), e seu amigo João Baptista Lima Filho, o Coronel Lima. Tiveram a prisão decretada ainda outros 8 sob suspeita de intermediar as vantagens indevidas ao ex-presidente.
Esta não é a primeira vez que o emedebista silencia diante das autoridades em investigações. Ele se recusou a responder várias indagações da Polícia Federal em duas investigações alegando ora, “hostilidade” da autoridade policial, ora “descabimento” das questões abordadas. O ex-presidente foi inquirido a prestar esclarecimentos no inquérito dos Portos, que resultou em denúncia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e em investigação da Odebrecht em que a PF atribuiu a ele indícios de corrupção.
Defesa
Em nota, o advogado Antonio Sergio Moraes Pitombo, que defende o e-ministro, afirmou que “Wellington Moreira Franco prestou depoimento e refutou, ponto a ponto, as conjecturas e presunções usadas pelos Procuradores. Se houver interesse pela verdade, o caso tomará outro rumo.”
Coronel Lima
coronel reformado da pm de São Paulo João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, seguiu a estratégia de defesa de Michel Temer, seu velho amigo de mais de 40 anos, e ficou em silêncio nesta sexta-feira, 22, na Polícia Federal no Rio.
Coronel Lima preferiu se manter calado no depoimento que prestaria no inquérito da Operação Descontaminação – desdobramento da Lava Jato que atribui a Temer o papel de líder de organização criminosa.
Por meio de sua defesa, o militar disse que se reservava ao direito de permanecer em silêncio até que tenha acesso à íntegra dos autos.
Coronel Lima está preso em uma unidade da Polícia Militar de Niterói, no Rio.