Sete bancos foram denunciados pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) por negligenciaram o risco socioambiental na concessão de crédito a negócios relacionados à exploração do trabalho escravo, entre outras violações dos direitos humanos.

As ações civis públicas foram ingressadas contra o Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, BTG Pactual, Itaú, Banco Safra e Santander. De acordo com o Ministério Público, esses bancos forneceram crédito para empresas que estava na “lista suja” do órgão.

Nas denúncias o MPT afirma que o Bradesco, o Banco do Brasil e o Santander concederam crédito a clientes que figuravam na “lista suja” do trabalho escravo do Governo Federal, o que viola resolução do Conselho Monetário Nacional. Bradesco e Banco do Brasil teria feito empréstimos repetidas vezes a clientes que estavam na lista de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão.

A Caixa Econômica Federal, Banco Safra, BTG Pactual e Itaú foram denunciados por não adotar ações para identificar, prevenir e controlar os riscos resultantes do trabalho infantil, de mortes no meio ambiente de trabalho, de práticas discriminatórias ou de qualquer outro problema trabalhista grave que atinja direitos fundamentais da pessoa humana.

Ainda conforme o MPT, Banco Safra, BTG Pactual e Itaú nunca teriam negado crédito a qualquer pessoa em razão de risco socioambiental existente, por mais graves que fossem as violações praticadas.

O MPT pede multa diária de R$ 2 milhões a cada um dos bancos, caso eles descumpram determinação judicial.

Outro lado

Em nota divulgada a imprensa, o Itaú disse negou que conceda crédito a empresas constantes da “lista suja” do Governo Federal. “Dessa forma, não é concedido crédito a clientes que estejam na lista de trabalho escravo ou utilizem mão de obra infantil ou prostituição”.

A Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Santander e o Banco Safra afirmaram que não foram citados pela Justiça ainda e por isso preferiram não se pronunciar. Já o BTG Pactual e o Bradesco afirmaram que não iriam comentar a denúncia. (Com agências)