MPF denuncia Paulo Preto por recebimento de propinas
A Força-Tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo denunciou hoje (1º) o ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com o MPF, os crimes ocorreram de 2007 a 2010, período em que Souza teria exigido propina […]
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A Força-Tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo denunciou hoje (1º) o ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
De acordo com o MPF, os crimes ocorreram de 2007 a 2010, período em que Souza teria exigido propina de 0,75% a 5% do valor medido nas obras viárias do Rodoanel Sul, do Sistema Viário Metropolitano de São Paulo e da Estrada Parque Várzeas do Tietê. De acordo com a denúncia, ele recebeu cerca de R$ 27 milhões em propinas.
Paulo Vieira de Souza é apontado como autor de pelo menos oito crimes de corrupção: cinco no Rodoanel Sul, dois no Sistema Viário e um na Estrada Parque. Para o MPF, cada ato de corrupção é um fato individual e as penas devem ser somadas. Se condenado, a pena poderá somar de oito a 64 anos de prisão quanto aos oito crimes.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Paulo Vieira.
Ontem (28), o ex-diretor da Dersa foi condenado a pena de 27 anos e oito dias de prisão, sendo os sete primeiros anos em regime fechado. Ele foi acusado, em outro caso, pelo Ministério Público Federal em São Paulo de ter fraudado licitações e participado de formação de cartel em obras do trecho sul do Rodoanel e do Sistema Viário Metropolitano de São Paulo entre 2004 e 2015.
Paulo Preto está preso desde a semana passada, quando foi deflagrada, no dia 19, a 60ª fase da Operação Lava Jato. De acordo com o MPF, a operação investiga um complexo esquema de lavagem de dinheiro de corrupção praticada com a Odebrecht. Paulo Preto é apontado como operador de esquemas envolvendo o PSDB em São Paulo. Pelos cálculos da procuradoria, as transações investigadas superam R$ 130 milhões.
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