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Brasil

Morre em Rio Preto pesquisador da USP que desenvolveu a ‘pílula do câncer’

O pesquisador Gilberto Orivaldo Chierice, conhecido por ter desenvolvido a fosfoetanolamina sintética, droga buscada por seus supostos efeitos contra o câncer, morreu aos 75 anos, nesta sexta-feira, 19, em um hospital de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Chierice, que era professor aposentado do Instituto de Química da Universidade de São Paulo […]
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(Geraldo Magela/Agência Senado)
(Geraldo Magela/Agência Senado)

O pesquisador Gilberto Orivaldo Chierice, conhecido por ter desenvolvido a fosfoetanolamina sintética, droga buscada por seus supostos efeitos contra o , morreu aos 75 anos, nesta sexta-feira, 19, em um hospital de São José do Rio Preto, interior de . Chierice, que era professor aposentado do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), câmpus daquela cidade, estava internado no Hospital Instituto de Moléstias Cardiovasculares. A causa da morte não foi divulgada. O sepultamento será na manhã deste sábado, no Cemitério Nossa Senhora do Carmo, em Rio Preto.

Chierice fabricou e distribuiu durante 20 anos a fosfoetanolamina, conhecida como “pílula do câncer”, em seu laboratório no Instituto de Química de São Carlos. Sem testes clínicos que comprovassem sua eficácia, a droga, sintetizada a partir da monoetanolamina e ácido fosfórico, ganhou fama como eficaz contra vários tipos de câncer. Ele chegou a distribuir 50 mil cápsulas por mês, até que, em 2016, notificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a USP suspendeu a produção e distribuição das cápsulas.

A medida desencadeou uma corrida de pacientes e familiares à Justiça, obtendo liminares para que o fornecimento da fosfoetanolamina fosse continuado. Em abril daquele ano, a então presidente Dilma Rousseff (PT) chegou a sancionar uma lei para que a medicação fosse fornecida para pacientes com tumores malignos. Em maio do mesmo ano, por 6 votos a 4, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a lei e as decisões judiciais que obrigavam o governo a fornecer a substância.

Na época, o governo paulista havia autorizado uma pesquisa clínica para para testar a eficácia da “pílula do câncer”. Meses depois, o Instituto do Câncer suspendeu os trabalhos porque a substância não apresentou resultados significativos. A suspensão dos testes foi bastante criticada por grupos criados em redes sociais que defendiam a eficácia da fosfoetanolamina. Uma das alegações foi a de que a substância usada nos testes não era a mesma desenvolvida pelo professor Chierice. Desde então, o laboratório da USP não voltou a produzir a ‘pílula do câncer’.

A morte do pesquisador, que deixou esposa, filhos e netos, foi lamentada pelo grupo Fosfoetanolamina, em sua fanpage no Facebook. “Lamentamos a perda deste grande homem que durante mais de 25 anos levou esperança e cura a centenas de pacientes oncológicos. Seremos sempre gratos pelo trabalho excepcional, e pela pessoa maravilhosa que foi. A simplicidade e enorme coração jamais serão esquecidos por aqueles que conhecem a verdade. O Brasil perde um grande cientista”, diz o texto.

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