O Ministério Público Estadual denunciou 15 vereadores da Câmara Municipal de Uberlândia por crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Os parlamentares foram investigados por desvio de recursos da entre 2017 e 2019 e ainda em um esquema de propina praticado por membros da mesa diretora.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao (Gaeco) também ofereceu denúncia contra outras oito pessoas envolvendo assessores parlamentares, donos de gráficas que emitiam as notas frias para reembolso da verba e ex-servidores da Câmara que, segundo a acusação, teriam concorrido com as práticas criminosas.

Durante as investigações, quatro vereadores que foram presos na operação Má Impressão celebraram acordos para não responderem a processo criminal e renunciaram aos cargos, tendo que ressarcir mais de R$ 500 mil aos cofres públicos.

Dos 21 que foram presos, 14 permanecem no presídio da cidade e tiveram os mandatos suspensos após decretação das prisões preventivas. Entre eles estão quatro membros da mesa diretora – um quinto vereador já estava afastado por outras denúncias. O principal entrave agora é a nomeação de presidência interina para a convocação de suplentes e para que os trabalhos no Legislativo Municipal possam fluir.

“Qual é o sentido dos vereadores gastarem R$ 270 mil por mês de verba de gabinete? Isso dá quase R$ 14 milhões durante o mandato Não há lógica. Nós vamos tolerar esse gasto público até quando”, afirmou o promotor de Justiça e coordenador do Gaeco, Daniel Martinez, sobre os gastos públicos investigados.